GEOGRAFIA Comunitária e Educação de Jovens e Adultos: Os Educadores Flâneurs Sem Terra do Assentamento Paulo César Vinha - Conceição da Barra/es

Nome: JÚLIO DE SOUZA SANTOS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 13/08/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ERINEU FOERSTE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Examinador Interno
ERINEU FOERSTE Orientador
GIOVANNI SEMERARO Examinador Externo
MARIA DE FATIMA ALMEIDA MARTINS Examinador Externo
PAULO CÉSAR SCARIM Examinador Interno

Resumo: O ano de 2015 é um marco histórico dos 30 anos do fim da Ditadura Militar no Brasil. Comemoram-se também os 30 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Estado do Espírito Santo. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo problematizar as conexões entre as experiências geográficas de formação de educadores de jovens e adultos sem terra do Assentamento Paulo César Vinha, vividas com os territórios do campo, da roça, da rua e da cidade, e suas práxis nos territórios da Reforma Agrária. Tendo como referência as categorias de Experiência, Narrativa, Memória, Lembrança Encobridora e Práxis, nas perspectivas de Walter Benjamin, Sánchez Vázquez, Paulo Freire, Milton Santos, Edward Thompson, Eric Dardel, Sigmund Freud, entre outros, a pesquisa foi realizada com oito educadores sem terra que atuam na Modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Córrego do Cedro, no Assentamento Paulo César Vinha, que possui vinculação com o MST e está localizado no município de Conceição da Barra, Território Norte do Espírito Santo. Para tanto, o estudo se beneficiou da Observação Participante, na perspectiva dialético-materialista. No processo investigativo, constatou-se que as experiências geográficas de alienação, de negação, de inconformismo e de idealização dos educadores sem terra são unificadas e transformadas nas práxis do MST, configurando-se como experiências geográficas das práxis nas perspectivas de recriar e (re)experienciar as Geografias Comunitárias Camponesas Sem Terra habitacional, econômica, educacional, religiosa, do lazer e da saúde. Dessa forma, os educadores transformam a si mesmos nessa experiência geográfica inconformista de recriação das geografias alienadas, perdidas ou idealizadas. A pesquisa apontou também para a possibilidade de superação das concepções e práticas restritas de formação inicial e formação continuada na Educação de Jovens e Adultos do campo e da cidade, por meio da constituição da formação comunitária, que não apenas considera e valoriza as experiências de educadores, mas que também concebe a sua transformação nas práxis, voltando-se para o atendimento aos anseios, demandas e interesses dos sujeitos da EJA na ótica da Educação Popular.

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