COLABORAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO: REVISITANDO O CONCEITO

Nome: ALEJANDRA CESARINA RODRIGUEZ PAZ
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/12/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SONIA LOPES VICTOR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ITAMAR MENDES DA SILVA Examinador Interno
REGINALDO CÉLIO SOBRINHO Examinador Interno
SONIA LOPES VICTOR Orientador
SONIA MARI SHIMA BARROCO Examinador Externo

Resumo: Na educação especial brasileira, a colaboração adquire uma diversidade de
sentidos e de possibilidades de organização seja entre pares, entre pesquisador
e professor e/ou entre professor e especialista. Portanto, se considera
importante analisar as condições estruturais, que incidem sobre o conceito de
colaboração e que condicionam sua materialidade, presente de forma concreta
na realidade brasileira. Por conseguinte, o objetivo geral do trabalho é revisitar
o conceito de colaboração entre o professor de sala regular e de educação
especial como contribuição à inclusão escolar do aluno público-alvo da educação
especial. Os objetivos específicos são: 1) Compreender as condições sóciohistóricas que influenciaram a concepção do termo colaboração; 2) Analisar as
pesquisas produzidas sobre a colaboração entre os professores regentes e de
educação especial no ensino regular; 3) Fazer proposição ao conceito de
colaboração visando à humanização do aluno público-alvo da educação
especial. Para tanto, se realizou uma análise documental a respeito dos
movimentos históricos, políticos, sociais e econômicos que configuraram a
origem do conceito de colaboração e, um estado de conhecimento da
colaboração a partir das pesquisas que compõem a coletânea do Observatório
Nacional de Educação Especial (Oneesp). Com bases teóricas e autores
fundamentados no materialismo histórico-dialético, se identificaram e se
relacionaram as determinações e contradições da colaboração no intuito de
atingir sua essência. Como consequência do estudo, a colaboração é definida
como um valor-fetiche relacionado intrinsicamente ao dispositivo organizacional
de trabalho em equipe, sustentando aspectos ideopolíticos e psicossociais para
a manipulação física e mental dos professores à lógica do capital para a
formação do novo homem produtivo. Nos documentos legais e orientadores da
educação especial brasileira, a colaboração é materializada para garantir a
aprendizagem do aluno público-alvo da educação especial. No entanto, as
pesquisas do Oneesp mostraram que a colaboração não se efetiva no contexto
brasileiro identicamente a seus modelos originais (ensino em equipe, consulta
colaborativa, ensino colaborativo etc.). Conclui-se que a colaboração se
concretiza num movimento contraditório, o qual apresenta características
relacionadas à colaboração e aos dispositivos que atuam junto com ela sob a
lógica toyotista. Propõe-se a formação para o trabalho em coletividade como
possibilidade de superar a competência individual, de forma que, os professores
elaborem uma consciência sobre a importância de seu trabalho para a formação
de sujeitos com consciência crítica que possam mudar a ordem atual.

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