A FORMAÇÃO E O CONHECIMENTO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Nome: AMANDA COSTA CAMIZÃO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SONIA LOPES VICTOR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANA ALVARENGA RANGEL Examinador Externo
SANDRA SOARES DELLA FONTE Examinador Interno
SILVANA VENTORIM Examinador Interno
SONIA LOPES VICTOR Orientador
SONIA MARI SHIMA BARROCO Examinador Externo

Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral avaliar os avanços, limites e as
potencialidades na definição do conhecimento necessário à formação do professor
que atua na Educação Especial e do locus dessa formação, que tem se apresentado
ao longo da história da formação de professores no Brasil, na produção acadêmica da
área, nas políticas de formação de professores e nos editais municipais de
contratação. Tomamos como base teórico-metodológica as teorias histórico-cultural e
histórico-crítica, que estão assentadas no materialismo histórico-dialético e que deram
condições de analisarmos e compreendermos questões que são próprias da área da
educação e da Educação Especial. Para isso, consideramos o histórico da Educação
Especial, documentos orientadores sobre a formação de professores da área,
produção científica sobre a formação de professores sobre a temática e editais de
concurso municipais para contratação de professores de Educação Especial e as suas
interpretações, a partir dos documentos nacionais sobre terminologia, atribuições,
conhecimentos e requisitos para o cargo pleiteado. Nossos resultados apontam que
não há uma política de formação de professores de Educação Especial que dê conta
de sistematizar a proposta e assegure compromisso ético-político com a área. Isso
pode ser entendido como uma forma de não romper com as tendências anteriores
assumidas na Educação Especial. O fato oportuniza a participação das instituições
especializadas com a direta influência do modelo médico-psicológico, da formação
educacional restrita para os estudantes com deficiência e a consequente limitada
participação social. A Educação Especial carece de sistematização dos
conhecimentos que a constitui. Embora citem de forma superficial sobre a teoria
histórico-cultural, os municípios iniciam a tentativa de apropriação teórica sobre o
processo de aprendizagem e desenvolvimento e dos conhecimentos sobre
defectologia vigotskiana, mas, quando aparecem, sempre é de forma fragmentada e,
em muitos casos, equivocada. Defendemos a tese de que o conhecimento essencial
à práxis do professor de Educação Especial, voltado para a garantia da apropriação
da cultura e do processo de humanização dos estudantes denominados público-alvo
da Educação Especial, dependerá de uma política de formação que reúna
conhecimentos gerais e específicos e um compromisso ético-político fundamentado
em bases teórico-metodológicas consolidadas para este fim e que dialoguem com as
políticas de valorização deste docente e com os processos de sua profissionalização.

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