PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM CRIANÇAS QUE APRESENTAM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NÃO VERBAL: UM ESTUDO DE CASO
Nome: NÚBIA ROSETTI DO NASCIMENTO GOMES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 07/06/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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EDSON PANTALEÃO ALVES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EDSON PANTALEÃO ALVES | Orientador |
JAIR RONCHI FILHO | Examinador Interno |
RITA DE CÁSSIA BARBOSA PAIVA MAGALHÃES | Examinador Externo |
ROGÉRIO DRAGO | Examinador Interno |
ROSANA CARLA DO NASCIMENTO GIVIGI | Examinador Externo |
Resumo: A pesquisa de doutorado aqui apresentada investigou o uso de recursos simbólicos na prática
pedagógica como elemento que pode potencializar o processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança com o transtorno do espectro autista (TEA). Diante da
complexidade que envolve a educação de crianças com esse transtorno, esta tese defende que o
uso de recursos simbólicos na prática pedagógica contribui para o processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança. Assim, analisou-se de que forma a utilização de recursos
simbólicos pode colaborar para o processo de aprendizagem da criança com TEA, considerando
as especificidades inerentes ao transtorno. Em relação aos objetivos específicos, buscou-se
identificar aspectos das práticas pedagógicas que podem potencializar os processos de
aprendizagem e desenvolvimento da criança por meio da utilização de símbolos, analisar as
concepções tanto de deficiência e de prática pedagógica presentes nos discursos e práticas dos
professores quanto de prática pedagógica nos documentos norteadores do(s) sistema(s)
municipal(ais) de ensino, como planos de ação, projetos político-pedagógicos, propostas
curriculares, entre outros. O campo empírico de pesquisa foi um centro municipal de educação
infantil da prefeitura municipal de Vitória-ES que presta atendimento a crianças de 0 a 6 anos
de idade. Metodologicamente, recorreu-se ao estudo de caso como orientador do percurso
investigativo, entrevistas semiestruturadas e observação em contexto como procedimentos de
coleta de dados. Com base nesses instrumentos, deu-se prosseguimento à sistematização dos
dados por meio de registros fotográficos, registros das observações no diário de campo e
pesquisa documental. Para o embasamento teórico do estudo, optou-se por usar a teoria
sociológica figuracional de Norbert Elias, que contribuiu para as análises apoiadas em conceitos
centrais, como linguagem sociogênese, psicogênese e interdependência. Nesse
sentido, faz-se importante destacar que Elias compreende a linguagem como uma ação social,
ou seja, não parte de ações individuais, podendo operar como um modelo prototípico de um
fato social. Dessa maneira, possui uma força vinculativa, pois representa a existência de uma
fala que deve ser observada pelo grupo de pessoas, a fim de manter sua função comunicativa.
Nesse contexto, teceram-se articulações entre o estudo de caso e a teoria eliasiana, a fim de
compreender como o uso de recursos simbólicos pode contribuir para a aprendizagem de
crianças que apresentam o transtorno do espectro autista não verbal. Os dados da pesquisa
revelam que o uso de símbolos na prática pedagógica colabora no processo de aprendizagem
da criança com TEA, considerando a natureza processual da construção de conhecimentos
realmente congruentes com a realidade.