TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UM ESTUDO TEÓRICO, BIBLIOGRÁFICO E CONCEITUAL

Nome: JAMILLE PANETTO BLANDINO GOBETTI

Data de publicação: 26/09/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANIELLI VEIGA CARNEIRO SONDERMANN Examinador Externo
EDSON PANTALEAO ALVES Examinador Interno

Resumo: Este estudo teve como objetivo geral conhecer e discutir os principais métodos e
abordagens que trabalham com as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista
(TEA). Esse objetivo desdobra-se em: conhecer a produção acadêmica acerca do
tema divulgado no Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de
Educação da Ufes; e conhecer e analisar as principais mudanças conceituais do
Transtorno do Espectro Autista. Para este estudo, utilizamos uma metodologia
qualitativa, por meio de um estudo teórico, bibliográfico e conceitual, que se
desenvolveu à luz do aporte teórico da perspectiva histórico-cultural. Optamos por
essa perspectiva, pois acreditamos ser uma corrente teórica que permite (re)conhecer
o sujeito, com ou sem deficiência, como social, histórico e produtor e reprodutor de
cultura. Assim, partimos do princípio de que a pessoa com TEA é capaz de olhar o
mundo, percebê-lo e reinventá-lo de acordo com suas próprias necessidades e
experiências no contexto sociocultural. Acreditamos que esse grupo tem muito a dizer
e diz sobre si, sobre as intervenções/tratamento e ações pedagógicas que atravessam
sua vida. À medida que se percorrem os aspectos conceituais e o amparo legal,
percebemos que a forma de compreender o TEA na atualidade perpassa os aspectos
sociais, históricos, culturais, políticos, econômicos e teóricos. Dito isso, elegemos a
psicanálise, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), o Método Denver, o Modelo
DIR®/Floortime e a perspectiva histórico-cultural como principais métodos e
abordagens de trabalho com as pessoas com TEA. Buscamos entender a práxis de
cada um e como compreendem e atuam com esse público. Nas discussões,
percebemos que a psicanálise e a perspectiva histórico-cultural podem corroborar a
quebra de concepções de culpabilização, patologização, déficit e segregação que
incidem sobre esses sujeitos. Assim, reconhecem a potencialidade de cada um. Em
contrapartida, a ABA, o Método Denver e o Modelo DIR®/Floortime, respectivamente,
a primeira em maior grau e as outras duas em menor medida, optam por uma
perspectiva organicista que favorece os manuais diagnósticos, e consequentemente,
reforçam os imperativos reducionistas de incapacidade e comparação. Por fim,
concluímos que é necessário compreender de forma ampla e crítica as diversas
concepções sobre o TEA e como atuam com elas, visto que constitui uma temática
cheia de controvérsias, disputas e inconclusões.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910