A FORMAÇÃO DO PONTO DE VISTA DO SUJEITO: O MEMORIAL DE FORMAÇÃO COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NO PROCESSO DE TORNAR-SE PROFESSOR/A

Nome: GABRIELLA DE OLIVEIRA REIS

Data de publicação: 21/03/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GEIDE ROSA COELHO Examinador Interno
MARIA DA CONCEIÇÃO FERRER BOTELHO SGADARI PASSEGGI Examinador Externo
REGINA HELENA SILVA SIMOES Examinador Interno
SANDRA SOARES DELLA FONTE Examinador Interno

Resumo: Situado no campo da pesquisa (auto)biográfica, o estudo tematiza o memorial de formação
como dispositivo de pesquisa-formação. Objetiva investigar o processo de constituição e
institucionalização do memorial de formação no âmbito do curso e analisar o modo como os
estudantes constroem sua formação inicial na relação com a escrita autobiográfica no processo
de tornar-se professor. Para isso, toma como fontes 28 memoriais de formação produzidos como
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) no curso de licenciatura em Educação Física do
Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo (Cefd/Ufes),
cotejados com os Projetos Pedagógicos do Curso. No exame das fontes, considera a análise
compreensiva-interpretativa (Souza, 2014) e o diálogo com as proposições de Josso (2004),
Abrahão (2013), Bragança (2018) e Passeggi (2020). Na análise das recordações-referências e
das experiências formadoras (Josso, 2004), estabelece relação com as memórias,
compreendidas como fragmentos de um trabalho sobre o tempo vivido pelo sujeito (Bosi, 2013)
e com a constituição identitária (Hall, 2006). Considera que a adoção do memorial como
modalidade de TCC no Cefd/Ufes integra um contexto curricular que valoriza a narrativa
(auto)biográfica sobre o processo de tornar-se professor de Educação Física como eixo da
formação docente. Nesse sentido, os memoriais de formação analisados operam como
espaços/tempos de reflexão sobre a formação no sentido de possibilitar a reconexão com as
memórias passadas, relativas à infância, aos processos de escolarização, à relação com
professores e à escolha da docência como caminho profissional. Desse modo, o estudo aponta
para a potencialidade do memorial em diferentes processos: como espaço/tempo de formação
para o indivíduo que narra e para os docentes que orientam; como ferramenta que colabora com
a avaliação da formação oferecida pela instituição; e, ainda, como objeto de investigação em
estudos que tematizam a formação inicial de professores. Com isso, conclui-se que os
memoriais de formação não apenas contam histórias de vida, mas também se configuram como
uma ferramenta importante na formação de professores reflexivos e críticos.

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