O Programa de Educação em tempo integral da Prefeitura Municipal de Vitória: contribuições para a avaliação de suas implicações na gestão escolar

Nome: CRISTINA NASCIMENTO DA MOTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/03/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GILDA CARDOSO DE ARAÚJO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA MARIA VILLELA CAVALIERE Examinador Externo
GEIDE ROSA COELHO Examinador Externo
GILDA CARDOSO DE ARAÚJO Orientador
ROGÉRIO DRAGO Examinador Interno

Resumo: Nesta pesquisa analisou-se o programa de Educação em Tempo Integral (ETI), da Prefeitura Municipal de Vitória, que amplia a jornada escolar e atua por meio de parcerias com diversos setores da sociedade. Buscou-se compreender as implicações desse programa para a gestão escolar evidenciando questões tais como: o processo de implementação do programa "Educação Integral na escola; a relação entre o turno regular e a Educação em Tempo Integral; a utilização dos espaços físicos para a Educação em Tempo Integral; a escola e as instituições parceiras do programa Educação Integral e o investimento público na Educação em Tempo Integral. Para isso, foram analisadas as concepções da equipe gestora do programa nas escolas e do coordenador geral que atua na Secretaria de Educação. Utilizamos o estudo de caso como método de pesquisa e para o tratamento de dados utilizamos pesquisas de natureza qualitativa e quantitativa. Foi aplicado um questionário fechado aos gestores com a escala do tipo Likert, seguindo o modelo Rasch de escala de razão e para os coordenadores de ETI um questionário aberto. Realizou-se uma análise documental e entrevista com o coordenador geral desse programa. Recorreu-se à literatura acadêmica sobre a ETI, especialmente: Cavaliere (2003; 2007; 2009 e 2010); Coelho (2004; 2009 e 2011); Maurício (2009a; 2009b). Foi trazida para a discussão a relação entre o público e privado na educação, a redefiniçao do papel do Estado e da sociedade civil e a importância da gestão escolar no contexto atual. Como aporte teórico para essas discussões, dialogou-se com os autores: Dourado (2011); Bruno (2008); Gramsci (2000); Przeworski (1995); Bobbio (2004); Peroni (2003, 2009, 2010); Giddens (2001); Gohn (2008); Paro (2005, 2010); Krawczyk (1999, 2000), entre outros. Percebeu-se que esse programa tem sido em geral, bem avaliado pelos sujeitos participantes, todavia existem diversas implicações apontadas por esses sujeitos, tais como: a fragmentação da ETI em turno e contraturno; a falta de espaço e infraestrutura das escolas; a política focalizada em crianças com vulnerabilidade social; a falta de eixos curriculares norteadores para as escolas de tempo integral; as parcerias não têm sido suficientes para atender às necessidades das escolas inseridas no programa, exigindo, portanto, um alto nível de organização para essa articulação e para administrar alguns conflitos internos decorrentes das disputas por esses espaços, o que gera dificuldades para a equipe gestora do programa nas escolas e na Secretaria de Educação.

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