O PROJETO PRINCIPAL DE EDUCAÇÃO PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (1980-2000) E A ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS

Nome: FABRICIA PEREIRA DE OLIVEIRA DIAS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 19/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador
ELIZA BARTOLOZZI FERREIRA Examinador Interno
MARIA DO SOCORRO ALENCAR NUNES MACEDO Examinador Externo
ROGÉRIO DRAGO Examinador Interno
SÉRGIO ANTÔNIO DA SILVA LEITE Examinador Externo

Resumo: Pretende-se compreender, no Projeto Principal de Educação para a América Latina e o Caribe (PPE), os consensos pactuados pelos países da região, especificamente os destinados à alfabetização de crianças. Investigam-se os encaminhamentos direcionados à apropriação da leitura e da escrita pelas crianças, que atravessaram as metas estabelecidas pelo PPE (1980-2000). Para isso, examinam-se, critico-responsivamente, 50 Boletins produzidos pela Unesco na vigência do projeto, por meio da análise documental como metodologia de pesquisa e da perspectiva bakhtiniana de linguagem como aporte teórico-metodológico. Nesse diálogo, as ideias arendtianas de política associam-se aos posicionamentos críticos de diferentes autores. Primeiramente, o estudo contempla as configurações dos suportes que compõem o corpus analítico, seus autores, seus destinatários e, posteriormente, a natureza das enunciações registradas nesses documentos. Evidencia a composição objetiva dos Boletins, pretensamente neutra e imparcial, e infere que tais características reforçam a suposta isenção de interesses da Unesco. Demonstra ainda, no entendimento ativo-responsivo dos enunciados presentes nos Boletins, que alguns apontamentos dirigidos à alfabetização infantil foram mais reiterados e organizaram uma trama discursiva que reforçou determinados assuntos em detrimento de outros. Visibiliza algumas vozes dissonantes que não foram assumidas nos acordos estabelecidos. A maior preocupação, no que se refere à alfabetização infantil, foi a reprovação escolar nos primeiros anos de escolarização primária, problema analisado a partir de uma perspectiva economicista e circunscrita à esfera educativa. Conclui-se que a conformação objetiva dos documentos e a reiteração de algumas enunciações garantiram a produção de acordos sobre a alfabetização infantil e revelaram os Boletins como uma ferramenta estratégica para a “fabricação” de consensos.

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