OS DISCURSOS DA UNESCO E A AVALIAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO INFANTIL NA AMÉRICA LATINA E CARIBE (1980-2012): DIÁLOGO COM O CONTEXTO BRASILEIRO

Nome: ANA PAULA ROCHA ENDLICH
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 19/06/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Examinador Interno
DILZA CÔCO Examinador Externo
MARIA TERESA ESTEBAN DO VALLE Examinador Externo
VÂNIA CARVALHO DE ARAÚJO Examinador Interno

Resumo: Relatório de pesquisa cujo objetivo geral é compreender, ativa e responsivamente, os discursos da Unesco, no período 1980-2012, em prol da avaliação da alfabetização, e como eles dialogam com o contexto brasileiro. Parte de referencial teórico bakhtiniano e considera os enunciados como elos de uma corrente discursiva, que só podem ser compreendidos em sua concretude, dentro de uma situação de produção imediata e de um contexto de produção mais amplo. O corpus é composto por documentos publicados pela Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco) no período escolhido, em especial os boletins do Projeto Principal de Educação para América Latina e Caribe (PPE), o texto do Projeto Regional de Educação para a América Latina e o Caribe (Prelac) e as revistas a ele vinculadas. Desenvolve a tese de que os discursos publicados pela Unesco, majoritariamente, são fundamentados em uma concepção de educação como investimento financeiro e de alfabetização como competência fundamental para a formação dos cidadãos desejados pelo mercado. As estratégias de propagação desses discursos foram os eventos promovidos pela Unesco em que os Estados-membros participantes assumiram compromissos em torno de metas condizentes com ideais de organismos internacionais defensores da ordem capitalista. Além desses marcos, os projetos PPE e Prelac objetivaram auxiliar os países na adequação de suas políticas educacionais e manter seu discurso educativo em circulação, principalmente junto àqueles que têm papel estratégico na tomada de decisões nos países. As ações efetivadas no Brasil, em termos de avaliação da alfabetização, a partir de seu contexto específico, dialogaram com os enunciados da Unesco que a enalteciam como ferramenta de gestão. Isso se mostra pela implementação de avaliações com periodicidade cada vez menor para aferir o rendimento das crianças. Ademais, o diálogo dos programas brasileiros com as concepções defendidas por esse organismo se revela também na redução que os exames fazem da alfabetização a aspectos mecânicos da leitura e da escrita, com fundamento numa perspectiva técnica e funcional que se distancia de seu potencial crítico e dialógico

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