A LEITURA LITERÁRIA EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES DO INÍCIO DO SÉCULO XXI (2001-2018): O TROPEÇO, A TRAPAÇA E O DELEITE

Nome: MARIANA DOS PASSOS RAMALHETE
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 16/12/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CRELIA PENHA DIAS Examinador Externo
ANTÔNIO CARLOS GOMES Examinador Externo
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Examinador Interno
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Orientador
ROGÉRIO DRAGO Examinador Interno

Resumo: Este trabalho se insere em um projeto de investigação maior, intitulado A política de ensino da Língua Portuguesa no Brasil nos anos 2000, coordenado pela Profª. Drª. Cleonara Maria Schwartz, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Analisa as concepções de leitura literária referendadas pelos programas federais de formação de professores alfabetizadores do início do século XXI, a saber: Profa (2001 a 2002), Pró-Letramento (2005, 2008 e 2010 a 2012) e Pnaic (2012 a 2018). Categoriza-se metodologicamente como uma pesquisa bibliográfico-documental e detém-se ao relatório da Unesco, Educação: um tesouro a descobrir, e ao exame dos documentos dos programas referidos. Está fundamentado no arcabouço teórico de Bakhtin e seu Círculo, sobretudo nas obras Bakhtin (2016; 2017) e Volóchinov (2013; 2017). Privilegia as categorias conceituais de dialogismo, enunciado e polifonia para analisar o corpus. Pondera sobre os constructos epistemológicos do Letramento Literário e seus respectivos desdobramentos no trabalho com a leitura literária. Defende a tese de que, ao se conceber a leitura literária de modo reducionista e superficial, chancelada por organismos internacionais e políticas públicas educacionais, silenciam-se os contextos ideológicos, políticos, éticos, estéticos, históricos, culturais, próprios do texto literário. Dessa maneira, o aparente modo lúdico e inofensivo com o qual é engendrada a leitura literária nesses programas, mesmo que sob o epíteto de contribuição para formação de leitores/as, bem como de rejeição ao analfabetismo, confirmam, paradoxalmente, a palidez da própria refutação e, desse modo, colaboram para consolidar, ainda mais, a precariedade das políticas oficiais de governo para o campo da educação brasileira.

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