Nos cadernos escolares de um passado recente: uma história do ensino da leitura no estado do Espírito Santo.

Nome: FERNANDA ZANETTI BECALLI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 23/08/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CHRYSTINA VENANCIO MIGNOT Examinador Externo
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Examinador Interno
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Orientador
JANETE MAGALHÃES CARVALHO Examinador Interno
VERA LÚCIA GASPAR DA SILVA Examinador Externo

Resumo: Este relatório de pesquisa integra estudos desenvolvidos no campo da história da alfabetização e do ensino da leitura no Estado do Espírito Santo, numa abordagem histórica, cultural e social, pela linha de pesquisa Educação e Linguagens (verbal) do Programa de Pós-Graduação do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Trata de uma investigação documental, pautada pela perspectiva dialógica da
linguagem, que tem como problema de estudo a história recente e ainda presente do ensino escolar da leitura em classes de alfabetização de escolas públicas capixabas. Ao focalizar essa temática, busca compreender, por um lado, modelos de situações didáticas considerados, pela equipe pedagógica do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA), como apropriados para orientar a prática docente, no que se refere à organização do trabalho com a leitura e, por outro lado, como esses modelos foram apropriados, usados e/ou transformados por professoras alfabetizadoras que
trabalhavam em turmas do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental. Para isso, toma por base as contribuições da perspectiva bakhtiniana de linguagem, buscando dialogar com
discursos acerca do ensino da leitura que insinuam vestígios de práticas alfabetizadoras, materializados em cadernos e demais suportes de registros escolares de professoras que cursaram o PROFA, no Espírito Santo, e de alunos que estudaram com elas, a fim de responder se a proposição de tais atividades contribuiu para a instauração de mudanças no trabalho com a leitura ou para a manutenção de soluções já presentes nas tradicionais
cartilhas de alfabetização. Constata que as situações didáticas de leitura do PROFA permaneceram tomando o texto como pretexto para o ensino de unidades menores da língua (especificamente, a palavra). Considera que as professoras participantes da pesquisa, ao se apropriarem (ou não) de conhecimentos teóricos e metodológicos sobre a leitura e o seu ensino, realizaram um trabalho de compreensão ideológica ativa sobre o que lhes foi prescrito pelo PROFA e manifestaram consensos, algumas concordaram e outras discordaram (total ou parcialmente), complementando-os, transformando-os ou se recusando a aplicá-los em suas salas de aula. Isso porque elas não são coisas mudas ou objetos invisíveis, cujas vozes são caladas, esquecidas, silenciadas, mas sujeitos responsivos que não reproduzem as prescrições oficiais.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910