(TRANS) PENSANDO A EDUCAÇÃO SOCIAL: OS SENTIDOS DE SER (TRANS) EDUCADORA SOCIAL

Nome: RODRIGO BRAVIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/07/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HIRAN PINEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELA MARIA CAULYT SANTOS DA SILVA Examinador Externo
CÉSAR PEREIRA COLA Examinador Interno
HIRAN PINEL Orientador
SILVIA MOREIRA TRUGILHO Examinador Externo

Resumo: Essa pesquisa pretende descrever compreensivamente os sentidos de ser (trans) educadora social. A educação ocorre em diversas situações e de variadas maneiras e, por isso, a população excluída encontra, em espaços diferentes da escola, práticas e ações que, de alguma forma, contribuem para o enfrentamento das desigualdades. Esses movimentos pedagógicos estão inseridos na pedagogia social que é uma ciência que tem como foco a promoção da educabilidade de pessoas e grupos que se encontram em condição de desigualdade. Nesse sentido, a população trans, em muitas situações, sofre com a rejeição familiar e comunitária, transformando a rua em destino e local privilegiado para construção de suas identidades e bandeiras de resistência, em uma sociedade que as impede de ter acesso aos direitos sociais mais básicos. Para construção deste trabalho foi adotada a perspectiva qualitativa e utilizado como inspiração o método fenomenológico-existencial, tendo como referência teórica as contribuições de Paulo Freire. A captura dos dados aconteceu a partir da história oral e de vida que estimou a realização de três entrevistas não-diretivas possibilitando a livre expressão de uma trans educadora selecionada sobre seus modos de ser. O Ser (trans) educadora social está intimamente ligado ao compromisso com a dignidade de seus pares, da família e de colegas que também experimentaram a exclusão na escola. Ser (trans) educadora social se desvela no apego à fé, quando o único destino é a rua onde o medo é uma sensação muito presente. O Ser (trans) educadora social produz uma pedagogia do aprender com as cicatrizes das travestis mais experientes, na produção do corpo e na construção propostas e projetos que levem cidadania e alegria para essa população. O Ser (trans) educadora social está envolvido no resistir à desumanização promovida pelas drogas, pela prostituição, pelas relações com aliciadores e cafetões e por um modelo educacional que não aceita as diferenças e impõe a evasão. Ser (trans) educadora social é, fundamentalmente, construir uma educação no “chão da rua”, firmada em ser-com-o-outro, adaptada à realidade vivida pela população trans e que busca o ser mais, transformando as rebeldias cotidianas em ações revolucionárias.

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