POR DENTRO DE UMA ESCOLA PÚBLICA CAMPESINA EM TEMPOS DE RESISTÊNCIA: O CASO DA ESCOLA DO XÚRI
Nome: EDUARDO CARLOS SOUZA CUNHA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/05/2019
Orientador:
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Papel |
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ERINEU FOERSTE | Orientador |
Banca:
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Papel |
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EDNA CASTRO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
EDUARDO AUGUSTO MOSCON OLIVEIRA | Examinador Interno |
ERINEU FOERSTE | Orientador |
PATRÍCIA GOMES RUFINO ANDRADE | Examinador Interno |
Resumo: A pesquisa investigou como as culturas da Unidade Municipal de Ensino Fundamental (UMEF) Reverendo Waldomiro Martins Ferreira, situada na zona rural do Município de Vila Velha/ES e conhecida como a Escola do Xúri dialogam com a Educação do Campo em tempos de resistências. Foi realizada no Grupo de Pesquisa (CNPq) Culturas, Parcerias e Educação do Campo do Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo PPGE/CE/UFES. Trata-se de uma investigação qualitativa do tipo estudo de caso. Beneficiou-se da utilização de instrumentos como questionários, rodas de conversa, grupo focal, entrevistas semiestruturada, diário de campo reflexivo, além de levantamento e análise bibliográfica e documental (Ludke & André: 1986; Fonseca: 1999; Schön: 2000; Brandão: 2010). Analisou aspectos das práticas docentes, dimensões do Projeto Político Pedagógico e sua identidade com a Educação do Campo, a localização espacial da escola e os vários contextos que se entrelaçam a esse território, sejam eles sociais, econômicos, políticos ou culturais. Como aporte teórico, beneficiou-se de diálogos com Paro (2000), Arroyo (2011), Fávero (1995), Nóvoa (1992,1995), Moreira (2001), Forquin (1993), Bakhtin (2017), Gramsci (1991), Fornet-Betancourt (2004), Freire (1996,2005), Libâneo (2004), Schön (2000), Alarcão (2004), Foerste (2005), Giroux (1986). A Escola do Xúri caracteriza-se como espaço educativo de resistências interculturais. Tem sofrido com a implementação verticalizada e impositória de políticas neoliberais de educação. Portanto, observam-se ali, sucessivas tentativas oficiais de apagamento de práticas de Educação do Campo, que na história da escola apresentavam-se como possibilidades para construção coletiva de um currículo em que o diálogo entre as culturas institui práticas interculturais concretas de emancipação humana.