A FORMAÇÃO DO DISCURSO SOBRE TECNOLOGIAS NAS POLÍTICAS
CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ENTRE 1996 E 2018
Nome: HUGO SOUZA GARCIA RAMOS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 25/10/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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GEIDE ROSA COELHO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS EDUARDO FERRAÇO | Examinador Interno |
GEIDE ROSA COELHO | Orientador |
MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA SOARES | Examinador Externo |
RITA DE CASSIA PRAZERES FRANGELLA | Examinador Externo |
ROSIANNY CAMPOS BERTO | Examinador Interno |
Resumo: O objetivo desta tese foi analisar e descrever a formação do discurso sobre as tecnologias, nas
políticas curriculares, entre 1996 e 2018. O referencial teórico foi operado com o conceito de
políticas curriculares, buscando dar relevo à teoria pós-crítica, em especial o pósestruturalismo, como possibilidade de análise. Estabelecendo redes de conversas
principalmente com Alice Lopes, Elizabeth Macedo e Stephen Ball. Outro conceito caro à
pesquisa foi de tecnologias, em que foi defendida a possibilidade de serem veículos produtores
de subjetividade. A discussão foi a partir do diálogo com Andrew Feenberg, Carl Mitcham,
Gilles Deleuze e Félix Guattari. Em relação à parte metodológica da pesquisa, efetuamos um
diálogo com a análise do discurso à luz da teoria foucaultiana, abordando os principais
conceitos como prática discursiva, enunciado, formação discursiva, buscando tecer juntamente
conexões sobre as possíveis contribuições para a tese. Além disso, delineamos algumas atitudes
e procedimentos que nos orientaram na análise do discurso das políticas curriculares sobre as
tecnologias. O corpus da pesquisa foi constituído exclusivamente pelos documentos das
seguintes políticas curriculares: Parâmetros Curriculares Nacionais, PCN+ Ensino Médio,
Orientações Curriculares para o Ensino Médio, Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Básica e a Base Nacional Comum Curricular. Defendemos a tese de que o
investimento em políticas de currículo sobre tecnologias foram estratégias que colocavam para
a educação novos objetos e demandas. Dessa forma, o discurso das políticas curriculares pode
ser compreendido enquanto práticas que exercem certas funções na sociedade e se articula com
práticas que lhe são exteriores, isto é, não discursivas. Concluímos, ao final, que nas políticas
curriculares há um discurso híbrido no que diz respeito às concepções de tecnologias, ou seja,
uma hibridização de tendências teóricas distintas tendo em vista que cada uma é utilizada de
acordo com os desenvolvimentos simbólicos que visam almejar. Outro dado revelado no
discurso das políticas é quando a escola assume certo protagonismo na formação de novos
sujeitos que precisam adquirir certas habilidades, de acordo com o mercado de trabalho, em
relação ao uso das tecnologias cujo objetivo final do processo de aprendizagem passa a ser o
alcance de competência e habilidades.