VOOANDANÇAS EM DESLOCAMENTOS ERRANTES: CARTOGRAFIA DAS ARTES GUARANI MBYA EM DIFFÉRANCE

Nome: RENATA ROSA WEIXTER
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/11/2022

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALIK WUNDER Examinador Externo
CARLOS EDUARDO FERRAÇO Orientador
MARINA RODRIGUES MIRANDA Examinador Externo
MARTHA TRISTÃO FERREIRA Examinador Interno
REGINA HELENA SILVA SIMÕES Examinador Interno

Resumo: Esta pesquisa em vooandanças errantes traz conversas, vivências e deslocamentos
compostos na criação e na produção das artes em différance dos indígenas Guarani
Mbyá da Aldeia Nova Esperança, localizada no Município de Aracruz, Estado do
Espírito Santo, com o objetivo de construir um plano de imanência para a constituição
dessas artes como potência de resistência e de reexistência indígena mediante
realidade de supressão de direitos, vulnerabilidade socioeconômica e macropolíticas
de aniquilamento. Destarte, a escrita da pesquisa foi constituída em/com/nas redes de
conhecimento na aldeia não residindo somente na constatação da presença de
produtos ou artefatos culturais oriundos de representações, modelos discursivos,
critérios ou normas ancorados no arcabouço das identidades fixas, mas nos
deslocamentos com a criação de estratégias, inventividades, bricolagens e nas
performatividades dessas práticas cujas tessituras burlam tais referenciais prescritos
e preditos. O processo de investigação deu-se pelo Método Cartográfico na
composição da geografia dos movimentos errantes e das hecceidades da
multiplicidade das artes praticadas em différance por este povo, valorizando os seus
conhecimentos ancestrais, a sua organização social, as suas formas de
representação de mundo, traduzindo o meio contemporâneo, marcado por fronteiras,
negociações e hibridismos. Como esperançar, verbo transitivo direto utilizado aqui de
forma a reinventar e a burlar o preceito de resultado, a pesquisa conceitua que as
narrativas menores expressas e materializadas nos saberes e fazeres artísticos em
différance são potências na produção e na criação das realidades como máquinas de
guerra nômade. São ancestrais e contemporâneas e contestam a narrativa maior,
burlam as regras e os códigos oficiais, quebram protocolos, desvelam o que está
encoberto, desnudam a mudez, habitam em linhas moleculares e também escapam
por linhas de fuga emergindo pelas gretas e pelas fendas nos/dos/com cotidianos
criando formas de reexistências que transmutam resistência.

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