A "PESSOA HUMANA" COM DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA E SUA "MÃE AUTÊNTICA" EM CONTEXTO EDUCACIONAL E DOMICILIAR: UM ESTUDO FENOMENOLÓGICO EM EDITH STEIN
Nome: JOLIMAR COSMO
Data de publicação: 06/05/2025
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
HIRAN PINEL | Presidente |
SONIA LOPES VICTOR | Examinador Interno |
VITOR GOMES | Examinador Interno |
Resumo: A pesquisa situa-se na campo de pesquisa Educação Especial e Processos Inclusivos e tem como indagação o "que é" e "como é", sob a perspectiva fenomenológica-existencial, o ser "pessoa humana" de Castiel, jovem com distrofia muscular congênita (DMC), no contexto educacional e no atendimento pedagógico domiciliar (APD), junto à sua “mãe autêntica" Catarina? Essa interrogação motivou a descrição compreensiva do ser no mundo desse sujeito com sua mãe, com suas experiências educacionais, intersubjetivas e existenciais. Objetivou-se descrever compreensivamente o "que é" e o "como é" ser "pessoa humana" de Castiel, estando ele quase sempre acompanhado de sua “mãe autêntica" Catarina. Especificamente teve como propósito: descrever o "que é" e o "como é" ser Castiel (com sua mãe Catarina), "pessoa humana" com DMC no contexto educacional e domiciliar, desvelando suas vivências (experiências) formativas e na sua "subjetividade", "intersubjetividade", "interioridade"; identificar as políticas de educação especial na esfera nacional, estadual e municipal que impactaram na formação, na inclusão e nos modos-de-ser da "pessoa humana" Castiel com sua mãe, no âmbito de sua formação; produzir uma análise fenomenológico-existencial empática, inspirada em Stein, do ser '’pessoa humana" de Castiel (com sua mãe), ser no mundo que é, com DMC. A pesquisa fundamenta-se
na fenomenologia de Edith Stein (1891-1942), abordando conceitos como pessoa humana, mãe autêntica, empatia, intersubjetividade, subjetividade, interioridade, formação. A pesquisa também dialoga com referências da educação especial e inclusiva, analisando a relação entre o sujeito com DMC, os espaços educacionais e APD. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica-existencial com produção de dados por meio de entrevistas, registro de diário de campo, fotos, documentos, interações em rede social com Castiel, Catarina e professores que acompanharam sua trajetória educacional, além da análise de registros escolares, do APD e do home care. A interpretação dos dados ocorreu sob a hermenêutica compreensiva, buscando desvelar os modos de ser no mundo de Castiel. A análise dos relatos e das experiências indicam que Castiel vivencia a
educação como um espaço de resistência, liberdade e construção de sentido, mesmo diante das limitações e das possibilidades impostas pela DMC. Sua “mãe autêntica", Catarina emerge como figura central na mediação desse processo, configurando-se
como um ser-para-o-outro, em uma relação de empatia, cuidado, formação e dedicação a Castiel. Os achados reforçam a importância de políticas públicas voltadas à educação, ao APD e à formação de professores para uma prática inclusiva efetiva.
Os resultados da pesquisa contribuem para a compreensão do ser "pessoa humana" com DMC em sua trajetória educacional e no APD, evidenciando a necessidade de um olhar empático e fenomenológico na educação e na perspectiva inclusiva.