Educação Escolar Quilombola: memória vivência e saberes das comunidades Quilombolas do Sapê do Norte, Escola de São Jorge
Nome: OLINDINA SERAFIM NASCIMENTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/11/2011
Banca:
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Papel |
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EDNA CASTRO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
HENRIQUE ANTUNES CUNHA JUNIOR | Examinador Externo |
MARIA APARECIDA SANTOS CORRÊA BARRETO | Orientador |
OSVALDO MARTINS DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
Resumo: Esta dissertação é o resultado da pesquisa realizada na Comunidade de São Jorge no Território do Sapê do Norte (São Mateus) e tem como finalidade mostrar que a incorporação dos saberes /fazeres dos mais velhos no cotidiano escolar pode contribuir não apenas para a perpetuação desses saberes na vida da comunidade como também no fortalecimento da auto estima de jovens e crianças que habitam aquele território. Outros objetivos são: continuar a luta pela implantação da Lei 10.639/03, na dinâmica das relações étnico-raciais, na vivência escolar. O universo da pesquisa foi formado pelo estudo realizado com quilombolas cuja faixa etária está entre 50 e 90 anos, professoras das escolas quilombolas e jovens cujos parentes f oram entrevistados. Toma como referencial teórico as contribuições de Pollak (1989), Benjamim (1993), Bosi (1998) e Halbwachs (2004) para fazer emergir as histórias não validadas, não contadas, não ouvidas e silenciadas dos moradores das Comunidades Quilombolas do Sapê do Norte. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica e qualitativa, pois compartilham das memórias dos mais velhos das comunidades do território de São Jorge em São Mateus (ES), ambas atravessadas pela naturalização da discriminação e do preconceito que permeiam as comunidades negras. Discutir que a construção da memória e da identidade social são marcos para compreender a memória como patrimônio e direito na comunidad e de São Jorge são parte do reconhecimento de outras formas de transmissão de saber e educação nos grupos tradicionais como os quilombolas. O resultado aponta que os quilombolas desejam respeito e diálogo sobre o que são e para onde querem chegar. E que os mesmos são possuidores únicos de uma cultura e sabedoria aberta ao diálogo, mas não à manipulação.