A sala de aula de Matemática: contribuições para a construção de um currículo integrado no Curso Técnico na modalidade EJA.

Nome: ALEX JORDANE DE OLIVEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 31/10/2013

Banca:

Nome Papelordem decrescente
RONY CLAUDIO DE OLIVEIRA FREITAS Examinador Externo
DAISY MOREIRA CUNHA Examinador Externo
ANTONIO HENRIQUE PINTO Examinador Externo
CIRCE MARY SILVA DA SILVA DYNNIKOV Examinador Interno
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Examinador Interno

Páginas

Resumo: Esta pesquisa surgiu, principalmente, das minhas inquietações acerca da efetivação de um currículo integrado, como proposto aos Cursos Técnicos Integrados com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, no Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes. Tais cursos se vincularam ao Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Proeja, mas a partir das experiências próprias dos professores do Ifes. Neste trabalho, entendo o currículo integrado como um processo no qual a educação geral deve ser parte inseparável da educação profissional nos campos onde há a preparação para o trabalho. Um currículo que foque no trabalho como princípio educativo, direcionando para a superação das dicotomias trabalho manual/trabalho intelectual, educação geral às elites/educação para o trabalho aos desamparados, pensamento/ação, teoria/prática, apontando para a formação de trabalhadores capazes de atuar como dirigentes e cidadãos. O caminho epistemológico trilhado teve início com a base teórica que sustenta o Proeja, desde as pesquisas mais recentes, desenvolvidas no Brasil por autores como Marise Nogueira Ramos, Gaudêncio Frigotto e Maria Ciavatta, sobretudo nas questões ligadas à formação profissional, até as suas bases, como Paulo Freire e o italiano Antonio Gramsci. Mas, imerso nessa seara, veio o tempo em que outras referências foram necessárias. A partir daí mergulhei em um campo totalmente novo, mas que se apresentava como muito promissor. Foi então na teoria das Comunidades de Prática, suportada principalmente pelas pesquisas de Etienne Wenger e de Jean Lave (reorganizadas por autores como Cristina Frade, Peter Winbourne, Konstantinos Tatsis e Anne Watson), que busquei novas lentes que me ajudassem a entender melhor os processos de constituição do currículo integrado. Esse movimento, aliado ainda aos percalços vivenciados na pesquisa de
campo, gerou a pergunta que orienta esta pesquisa: Como as características das comunidades de prática, que surgem em uma sala de aula do Curso Técnico de Edificações Integrado com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, podem contribuir no
processo de construção de um currículo integrado? Trabalho com a ideia de que cada um dos componentes curriculares, centrados nas disciplinas, caracteriza-se como uma das comunidades de prática locais. Atentei-me então às possibilidades de rompimento dos limites de cada comunidade, em direção à constituição de uma Comunidade Local de Prática Profissional. Dentre as questões mais significativas destaco: a perspectiva dialógica como base do trabalho de alguns professores, a qual busca envolver os alunos em todos os momentos; a atenção especial às experiências vivenciadas pelos alunos, tanto em ambientes
escolares quanto fora deles, de forma que os professores incentivem e criem situações propícias para o desenvolvimento da autonomia dos educandos; o uso de atividades que incentivam os alunos a explorarem novos caminhos e territórios, garantindo a continuidade do processo para que eles possam desenvolver práticas compartilhadas e, dessa forma, exercitarem a imaginação e buscarem meios de organizar perspectivas conflitantes e discursos e estilos múltiplos; o surgimento de novas práticas, ou de práticas limites, que provocam uma reorganização nas comunidades; o surgimento de práticas limites, à medida que apresentam aos alunos questões que fazem parte de outras comunidades nas quais estão inseridos; e, finalmente, a consideração de que o processo de integração tem como protagonista principal o próprio aluno. É ele quem concretiza a integração tão almejada por professores e
pesquisadores.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910