Os Movimentos Curriculares Produzidos a Partir de Encontros Entre Policiais Militares Atuantes no Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) e a Escola
Nome: LÍVIA CAMPOREZ GIUBERTI
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 14/10/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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SANDRA KRETLI DA SILVA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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JAIR MIRANDA DE PAIVA | Examinador Externo |
JANETE MAGALHÃES CARVALHO | Examinador Externo |
SANDRA KRETLI DA SILVA | Orientador |
TÂNIA MARA ZANOTTI GUERRA FRIZZERA DELBONI | Examinador Interno |
Resumo: O trabalho objetiva problematizar os movimentos curriculares produzidos a partir dos encontros entre policiais militares atuantes no Programa Educacional de Resistência às Drogas da Polícia Militar (Proerd) e a escola. Apresenta uma cartografia do contexto em que os policiais adentram nas escolas, explicitando, por meio dos agenciamentos coletivos de enunciação e processos de subjetivação, os movimentos curriculares, como linhas de fuga, afetos e afecções, processos de resistência e criação de possíveis. O estudo captura os modos como os encontros entre policiais e comunidade escolar expandem e/ou reduzem a potência da ação coletiva, apontando que, em meio às prescrições curriculares e algumas tecnologias disciplinantes presentes nesses encontros, há tentativas de docilização dos corpos. Para a produção de dados, a cartografia acompanhou o cotidiano de escolas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do município de Vitória, utilizando redes de conversação, imagensnarrativas, entrevistas e registros em diário de campo. Sob perspectiva pós- estruturalista, apoia-se em autores como Gilles Deleuze e Felix Guattari, Michel Foucault, Baruch Spinoza, Peter Pelbart, entre outros, entendendo a escola como território de relações de poder, em que os encontros entre policiais militares, professores, crianças e adolescentes produzem verdades que, por vezes, tentam cristalizar os modos de existir. A pesquisa é entendida como experiência pela potência de violentar o pensamento e, por isso, anuncia a produção de um e-book como um produto-intervenção disparador de problematizações e criação de possíveis. Tece considerações sobre o modo pragmático como os policiais militares são formados para atuarem em escolas, abrindo possibilidades para ampliar as redes formativas a partir de conhecimentos, experiências, afetos, afecções, invenções, resistências... disparados pela própria escola e fazendo pensar se escola é lugar de polícia.