Entrelaçando Saberes e Narrativas: Formação de Professoras/es e Lideranças Quilombolas em Conceição da Barra - ES

Nome: NOÉLIA DA SILVA MIRANDA DE ARAUJO
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 15/12/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
PATRÍCIA GOMES RUFINO ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AISSA AFONSO GUIMARÃES Examinador Externo
MARINA ALEIXO Examinador Externo
OSVALDO MARTINS DE OLIVEIRA Examinador Externo
PATRÍCIA GOMES RUFINO ANDRADE Orientador
PAULO DE TÁSSIO BORGES DA SILVA Examinador Externo

Páginas

Resumo: Buscou-se estudar as possibilidades emancipatórias para a formação de professoras/es e lideranças quilombolas. A pesquisa foi realizada no território do Sapê do Norte em Conceição da Barra, no Estado do Espírito Santo, Brasil, espaços organizados previamente pelo grupo de participantes, na parceria do Mestrado Profissional, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB-UFES) e Secretaria de Educação, bem como o apoio das lideranças quilombolas. Construída a partir da colaboração das/os profissionais da educação quilombola, pesquisadoras e lideranças locais. Os objetivos pensados foram de colaborar na formação de lideranças e de professoras/es quilombolas, mapear os desafios da implementação das leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, incentivar o uso de recursos e suportes pedagógicos e culturais que valorizassem as narrativas e saberes das comunidades, ampliando as possibilidades de trabalho nos espaços de inserção das/os envolvidas/os neste processo de estudo. Os principais referenciais teóricos que sustentam esta pesquisa são: Gomes (2005), Santos (2007, 2010b), Hall (1996), Munanga (2003, 2005), Fanon (2008) e Fernandes (2017). A metodologia utilizada foi pesquisa-ação, a coleta de dados foi por meio de questionários, atividades relacionadas aos estudos formativos, memoriais autobiográficos, gravações das rodas de conversas e narrativas das/os envolvidas/os etc. Ao longo deste estudo, alguns desafios se apresentaram nas narrativas das/os participantes, tais como: o racismo estrutural, problemas ambientais que envolvem os territórios, atualmente tomados pela monocultura de eucaliptos que desconfigura as paisagens das comunidades, e escolas com estrutura ineficiente aos atendimentos. Aponta, ainda a falta de formação para a educação quilombola que considere as especificidades dessa modalidade. Os resultados demonstram a negação de direitos que colabora com a manutenção do racismo epistêmico que assola as comunidades quilombolas. Demarca a resistência das professoras e lideranças quilombolas que, na tentativa de se construir outras formas de educação quilombola, “burlam” o sistema hegemônico educacional, na busca da valorização das narrativas e saberes das comunidades que vivem e/ou trabalham.

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