COMPOSIÇÕES EM MATILHA: POTÊNCIA COLETIVA QUE PRODUZ RESISTÊNCIAS E CRIA MOVIMENTOS INVENTIVOS CURRICULARES
Nome: HOCIENE NOBRE PEREIRA WERNECK
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 17/06/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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SANDRA KRETLI DA SILVA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EDUARDO SIMONINI LOPES | Examinador Externo |
SANDRA KRETLI DA SILVA | Orientador |
TÂNIA MARA ZANOTTI GUERRA FRIZZERA DELBONI | Examinador Interno |
Resumo: Trata-se de uma pesquisa que, ao potencializar a emergência de novos modos de composição e experimentações com professoras e crianças, defende as composições em matilha e o devir- lobo não como metáfora, mas como modo de problematizar a potência do trabalho coletivo no cotidiano escolar, constituindo-se como forças de resistências que, ao fazer o currículo uivar, cria movimentos de invenções curriculares. Objetiva, portanto, cartografar as singularizações que ganham força no cotidiano escolar, indicativas de novos territórios de sentido, que potencializam a constituição do comum, fortalecendo o trabalho coletivo e as invenções curriculares. Para tanto, dialoga com Deleuze, Deleuze e Guattari, Spinoza, Carvalho, Gallo, Paraíso, Simonini, dentre outros, como intercessores teóricos para pensar a força das relações, dos afetos e afecções, dos devires, dos signos artísticos, das problematizações e experimentações na composição com o corpo coletivo escolar. Apresenta como abordagem metodológica a cartografia e as redes de conversações derivadas de encontros com professoras e crianças de uma escola de Educação Infantil do município de Serra-ES. Ao defender uma educação pensada com as matilhas, aposta na concepção de currículosmatilhas vividos/produzidos em meio às multiplicidades de conhecimentos, linguagens, afetos e afecções que circulam em redes de conversações e ações complexas nos cotidianos escolares e se constituem como corpos coletivos. Destaca-se, portanto, a força de uma concepção outra de currículo que, ao uivar, problematiza, perturba, provoca, desterritorializa, resiste, cria, inventa, experimenta, (re)existe. Argumenta pela expansão da força de ação coletiva na/da escola não como ajuntamento de pessoas para um trabalho coletivo homogêneo, mas como uma organização que leva em conta as multiplicidades, a diferença e a constituição de um comum plural. Conclui que as composições em matilha se constituem como potência para expansão da força de ação coletiva na/da escola, por colocarem em evidência os diferentes uivos, as multiplicidades, as diferenças que interrompem a mesmidade, o uno, possibilitando, assim, que, por meio dessas múltiplas/diferentes forças em relação, a escola venha se tornar uma comunidade sempre aberta e permeável, uma comunidade compartilhada, um coletivomatilha. Em composição com este trabalho e como produto de pesquisa, discute/problematiza a força da coletividade para a formação, para a prática docente e para os movimentos de invenções curriculares nos desdobramentos dos encontros-formação com professoras realizados no âmbito do Projeto de Extensão Pensando em matilhas: potência coletiva que produz resistência e cria movimentos inventivos curriculares.