Formação Continuada e Pesquisa-ação Crítica: das Vontades Individuais aos Consensos Provisórios
Nome: ALANA RANGEL BARRETO SOAVE
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 28/09/2021
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| MARIANGELA LIMA DE ALMEIDA | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ALEXANDRO BRAGA VIEIRA | Examinador Interno |
| DENISE MEYRELLES DE JESUS | Examinador Externo |
| MARIANGELA LIMA DE ALMEIDA | Orientador |
| ROSANA CARLA DO NASCIMENTO GIVIGI | Examinador Externo |
Resumo: Este estudo objetivou analisar, por meio da pesquisa-ação colaborativo-crítica, o processo de colaboração entre pesquisadores acadêmicos e pesquisadores do contexto na constituição de processos de formação continuada dos gestores públicos do município de Domingos Martins-ES pela via da autorreflexão crítica. Para tanto, em linhas gerais, debruçou-se sobre as demandas de formação em seus contextos de atuação pelos dois gestores do Centro de Referência em Educação Inclusiva (Crei), bem como dialogou sobre as perspectivas de formação que emergiram no percurso desta pesquisa-formação. Buscou conhecer e refletir acerca das concepções de formação que orientam e sustentam as práticas dos gestores públicos da Secretaria Municipal de Educação e Esportes e do Centro de Pesquisa e Formação, considerando o planejamento da formação continuada destinada aos profissionais da educação da rede municipal de ensino de Domingos Martins-ES. No percurso empreendido, colaborou com a formação continuada dos gestores públicos da Educação Especial do Crei e de profissionais da educação atuantes na rede municipal, pela via da constituição de grupos de estudo-reflexão em uma perspectiva colaborativo-crítica no período da pandemia. Fundamentou-se na teoria social crítica de Jürgen Habermas, com ênfase nos conceitos de Agir Comunicativo, Agir Estratégico, Racionalidade Técnica e Racionalidade Comunicativa. Como perspectiva epistemológica e metodológica, adotou-se a pesquisa-ação colaborativo- crítica, conforme postulada por Carr e Kemmis, com base no princípio da autorreflexão crítica. Elegeu como sujeitos-participantes dois gestores do Crei, uma professora universitária, uma estudante da graduação do curso de Pedagogia e uma estudante de mestrado. O processo de produção de dados foi organizado em dois momentos, a saber: a aproximação e compreensão do contexto e constituição de parceria com o município; e os processos de colaboração: constituição dos grupos de escuta e dos grupos de estudo-reflexão. Utilizou, como estratégias para a produção de dados, a observação participante, os espaços discursivos, os grupos de estudo-reflexão e os diálogos ocorridos no grupo de uma rede social de mensagens. A interpretação e análise dos dados ocorreram à luz da teoria social crítica habermasiana, além de autores que estudam a formação dos profissionais da educação em uma perspectiva crítico-emancipatória. A pesquisa apontou a potência de formações continuadas erigidas sob a perspectiva crítica, bem como a relevância do investimento da tríade ensino-pesquisa-extensão da universidade como forma de contribuir em processos colaborativos e formativos para a inclusão escolar dos alunos público-alvo da Educação Especial nas escolas comuns. Demonstrou também o caráter formativo da pesquisa-ação colaborativo-crítica para pesquisadores acadêmicos e pesquisadores do contexto. Como produto desta dissertação, emergiu a formação continuada denominada ―Planejamento pedagógico em tempos de pandemia: implicações para a Educação Especial/Inclusiva‖ para profissionais da educação da rede municipal de ensino, em 2020.
