Interseccionalidades, Mulheres Quilombolas e Possibilidades Que Emergem da Participação Solidaria

Nome: MARILENE APARECIDA PEREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 24/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
PATRÍCIA GOMES RUFINO ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ERINEU FOERSTE Examinador Externo
MARINA ALEIXO Examinador Externo
PATRÍCIA GOMES RUFINO ANDRADE Orientador
SANDRO JOSE DA SILVA Examinador Externo
VILMAR JOSÉ BORGES Examinador Interno

Resumo: Este estudo tem o intuito de analisar a atuação das mulheres inseridas no contexto do associativismo feminino na Comunidade Quilombola de São Pedro, localizada no município de Ibiraçu/ES. Procuramos mostrar que as associações possibilitaram o acesso ao mundo público, bem como a participação em uma rede de agenciamentos em busca de emancipação ligada aos interesses femininos e antirracistas. Como objetivo geral, buscou-se analisar as experiências contidas na própria relação de geração de renda desenvolvida por essas mulheres via associação. A nossa inquietação epistemológica está em compreender como se constituem os processos de resistência e resiliência de mulheres que produzem trabalho, sustentam suas famílias e contribuem por manter vivas suas tradições locais. Nessa trama, emergem das análises das narrativas das entrevistadas processos difíceis que as famílias cultivaram durante um longo período em busca da titulação territorial, a constituição da associação e a criação de um Empreendimento Econômico Solidário. A dissertação é resultado de pesquisa realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação de Mestrado Profissional em Educação (PPGMPE) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Como caminho metodológico, optamos pela História Oral Temática, a partir de autores como Meihy e Holanda (2011) e Freitas (2006) e utilizamos entrevistas semiestruturadas, que foram gravadas, transcritas e textualizadas. Esta pesquisa justifica-se pela urgência em desvelar a potencialidade dos quilombos, colaborando com o aumento de produções onde a transversalidade da geração de renda das mulheres negras quilombolas estejam presentes de forma mais direta. Entabulamos diálogos no campo das relações étnico-raciais e interseccionalidade a partir de Almeida (2019); Patrícia Rufino (2018); Munanga (1995/1996); Kimberlé Crenshaw (2002); Oyèrónke (2004); Djamila Ribeiro (2019); Angela Davis (2016); bell hooks (1981/2014); Patrícia Hill Collins (2015/2019); Sueli Carneiro (2003); e Lélia Gonzales (1987); Freire (1986/1987). Como resultado final, espera-se, por meio do uso da tecnologia, contribuir para aumentar o conhecimento sobre as comunidades quilombolas do ES, além de colaborar com estudos sobre feminismo negro, bem como servir de referência a quem pretende produzir práticas educativas antirracistas. Como fruto, pretendemos que professores, alunos e movimentos sociais, partindo do uso do nosso site, possam levar para os seus espaços reflexões sobre a temática, como racismo, feminismo negro, emancipação social e experiências que emergem a partir da participação no trabalho associativo.

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