Gênero, Sexualidade e Formação Docente:
uma Reflexão Sobre a Escola e As Violências de Gênero
Nome: CAMILA DALVI VENTURIM
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 15/08/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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ROSEMEIRE DOS SANTOS BRITO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DEBORA CRISTINA DE ARAUJO | Examinador Interno |
ERINEUSA MARIA DA SILVA | Examinador Externo |
LUCIANA ROSAR FORNAZARI KLANOVICZ | Examinador Externo |
RENATA DUARTE SIMOES | Examinador Interno |
ROSEMEIRE DOS SANTOS BRITO | Orientador |
Resumo: O presente trabalho é uma análise reflexiva sobre as questões de gênero, sexualidade e de violência contra a mulher no contexto escolar. Dialogando com importantes estudos de gênero (LOURO, 1996; SCOTT, 1997; VIANNA; BORTOLINI, 2020; SILVA, 2017), formação de
professores/as (NÓVOA, 2009; OLIVEIRA, 2004) em um cenário neoliberal, e utilizando a metodologia da pesquisa-ação (BARBIER, 2002), nossa proposta foi compor movimentos formativos com professores/as, na intenção de contribuir com possíveis movimentos pedagógicos de gênero (SILVA, 2017). Participaram desse trabalho 10 profissionais da educação que trabalham na escola estudada. Por meio de entrevistas semiestruturadas junto aos/às demais professores/as, procurou-se diagnosticar os conhecimentos, medos e incertezas sobre relações de gênero para, a partir disso, construir oficinas pedagógicas capazes de contribuir com a melhoria das condições de formação desses/as professores/as da educação básica e para o desenvolvimento de uma educação não sexista. Alinhado ao cenário neoliberal e reacionário em que a escola está inserida, nossos resultados mostram que a família e a religião muitas vezes fortalecem um discurso que dificulta que docentes se sintam confortáveis para abordar a temática em sala de aula. Entretanto, a principal razão para não abordarem é a ausência de formação sobre o assunto. Também por isso, docentes têm feito um movimento autônomo e individual na busca de formação sobre a temática, embora reconheçam que seria melhor abordar a temática em projetos com outras disciplinas. Reconhecida a ausência de formação continuada sobre a temática, oficinas foram ofertadas como uma das possibilidades de formação crítica e social que contribua para uma sociedade mais igualitária, menos violenta e com a formação integral dos sujeitos escolares. A organização e aplicação das oficinas permitiu perceber que é possível trabalhar gênero na escola de um modo sensível e dinâmico ao mesmo tempo.