INVENÇÕES CURRICULARES EMANCIPATÓRIAS TECIDAS NAS POLÍTICASPRÁTICAS COTIDIANAS
Nome: ANNA PAOLA GALVAO MARSIGLIA
Data de publicação: 25/11/2024
Banca:
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Papel |
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INES BARBOSA DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
SANDRA KRETLI DA SILVA | Examinador Interno |
TANIA MARA ZANOTTI GUERRA FRIZZERA DELBONI | Presidente |
Resumo: A presente pesquisa tem como principal objetivo, cartografar as invenções curriculares emancipatórias tecidas nas políticaspráticas cotidianas, compreendendo o currículo tecido em redes de subjetividades, marcado por fluxos e dinâmicas constantes de sujeitos que produzem conhecimento e afirmam suas culturas fazendo micropolítica nas escolas. A partir dessa ideia, pretende-se visibilizar o conhecimento que emerge dos cotidianos como forma de garantir que os sujeitos silenciados pelas culturas dominantes sejam capazes de se reconhecer na potência de suas diferenças através da formação de seus processos de sujetivação. O estudo foi realizado com alunos e professores de uma escola de ensino fundamental da rede estadual do Espírito Santo, localizada no município da Serra, onde entramos em relação com seu cotidiano buscando a experimentação, a criação, o movimento e a multiplicidade das ações em seu plano de imanência. Essa investigação tem como principais referenciais teóricos as autoras Inês Barbosa de Oliveira e Nilda Alves. Oliveira traz importantes contribuições para a discussão sobre emancipação social através das políticaspráticas tecidas nos cotidianos por seus praticantespensantes e suas criações curriculares, as quais apontam que esses sujeitos são produtores de conhecimento e é no cotidiano que constróem suas redes de subjetividades. Alves, por sua vez, a partir de seus estudos com os cotidianos, dispõe de princípios teóricos- metodológicos para essa pesquisa, afirmando que o currículo é praticado pelos sujeitos em múltiplos contextos e é constituído por múltiplas redes; para a autora, os cotidianos são espaços plurais de produção de conhecimento que não se limitam aos muros da escola, mas integram os demais contextos da vida dos sujeitos. É uma pesquisa cartográfica e, portanto, possui uma abordagem interventiva e participativa em que o pesquisador estará inserido em seu campo de investigação para acompanhar os atores da escola e os movimentos curriculares inventivos tecidos em suas políticaspráticas cotidianas. A produção de dados se deu por meio das redes de conversações, que são constituídas por diferentes recursos, como imagens, textos, encontros, sons, narrativas, discursos e até mesmo silêncios e silenciamentos, de acordo com Carvalho (2017). Pretende-se que essa pesquisa contribua para que os alunos já tão marcados por estereótipos que os excluem socialmente, se reconheçam como cidadãos capazes de participar de processos decisórios, visto que produzem conhecimento cotidianamente e que as criações curriculares dos praticantespensantes da escola são um potente instrumento de emancipação social.