MEMÓRIA, FÉ E RESISTÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES DAS MULHERES DO JONGO DE LINHARINHO PARA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA
Nome: WALLACE LINHARES JULIO
Data de publicação: 25/09/2024
Banca:
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Papel |
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AISSA AFONSO GUIMARAES | Examinador Interno |
CAIRO MOHAMAD IBRAHIM KATRIB | Examinador Externo |
JANE MARIA DOS SANTOS REIS | Examinador Externo |
PATRICIA GOMES RUFINO ANDRADE | Presidente |
ROSALI RAUTA SILLER | Examinador Interno |
Resumo: Esta pesquisa tem como tema Memória, Fé e Resistência: Contribuições das mulheres do jongo de Linharinho para Educação Quilombola. Busca pensar as interfaces das narrativas quilombolas e sua utilização no espaço escolar. Partimos das seguintes questões: Como pensar a Educação Escolar em uma comunidade quilombola? Como resgatar a memória das mulheres do jongo de Conceição da Barra, valorizando sua fé e sua resistência de maneira que possam contribuir para a educação escolar quilombola? A ausência dessa discussão em uma escola pertencente ao Território Quilombola do Sapê do Norte foi o dispositivo para pensarmos a pesquisa, compreendendo o processo de enfrentamento racial e de gênero, mas também as narrativas que chegam à escola carregadas do estereótipo racista brasileiro. Neste processo, o resgate da memória das mulheres do jongo de Conceição da Barra apresenta como fundamento a fé, resistência e memória. Os objetivos específicos foram: 1) Identificar a partir das memórias, tradições de fé, resistências, as aspirações das mulheres negras lideranças quilombolas. 2) Registrar as memórias relacionadas ao jongo, e aos anseios das mulheres que lutam pela equidade em Linharinho. 3) Criar um produto digital com relatos e memórias. O percurso metodológico compreende uma análise qualitativa do discurso, considerando um diagnóstico preliminar sobre os conhecimentos difundidos ou não na escola, as interfaces das discussões sobre Educação Quilombola e as narrativas das mulheres no/do território. A pesquisa baseia-se na história oral temática de quatro mulheres negras da Comunidade Quilombola de Linharinho e o processo de “tradução” escolar feita pelos estudantes do nono ano da EMEF. Dr. Mário Vello Silvares vivenciaram de forma intensa a cultura quilombola durante visitas ao Ponto de Memória de Santa Bárbara, que tem como guardiã Dona Gessi Cassiano. Por meio deste estudo, verificou-se que as jongueiras são fontes de manutenção das práticas quilombolas, de conhecimento, identidade e cidadania, fortalecem a formação de lideranças femininas e são necessárias a composição dos currículos escolares para a valorização da população negra e a compreensão de uma Educação Antirracista.