PROGRAMA “EDUCAR PRA VALER”: EFEITOS DAS TENTATIVAS DE CONTROLE E MONITORIZAÇÃO DO TRABALHO DAS PROFESSORAS E DOS CURRÍCULOS NO MUNICÍPIO DE VILA VELHA/ES
Nome: PRISCILLA COSTA MEIRELES
Data de publicação: 25/02/2025
Banca:
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Papel |
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ANA PAULA PATROCINIO HOLZMEISTER | Examinador Externo |
JANETE MAGALHAES CARVALHO | Examinador Interno |
MARIA TERESA ESTEBAN | Examinador Externo |
SANDRA KRETLI DA SILVA | Presidente |
TANIA MARA ZANOTTI GUERRA FRIZZERA DELBONI | Examinador Interno |
Resumo: A dissertação objetiva acompanhar as enunciações e os movimentos curriculares inventivos das professoras do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, que se entretecem aos objetivos estruturantes de regulação e controle dos currículos e do trabalho das professoras na Educação Básica do município de Vila Velha/ES com o Programa “Educar pra Valer”. Para enunciar a potência que há nos cotidianos, junto as professoras, em desejo por movimentar a vida que pulsa na escola, a problematização repousa sobre os efeitos das tentativas de controle e monitorização do trabalho das professoras e dos currículos que reverberam entre as imobilizantes políticas e propostas pedagógicas curriculares e avaliativas do programa “Educar pra Valer”, utilizadas pela Secretaria Municipal de Educação de Vila Velha (Semed), bem como mapeia as insurgências que escapam em meio às tentativas de homogeneização dos fazeres e saberes das professoras e dos currículos nos cotidianos escolares. Deleuze, Carvalho, Esteban, Silva e Deboni são aportes teóricos tecidos nas forças e nos encontros que atravessam e compõem os cotidianos escolares. Tais cotidianos são compreendidos como espaços potentes de invenção e (re)criação, numa perspectiva que se abre às multiplicidades e às singularidades dos movimentos que atravessam as professoras, os currículos e os cotidianos. Deleuze nos convoca a pensar as forças e as resistências nos cotidianos a partir do rizoma, das linhas de fuga e da potência da criação; Carvalho, Silva e Delboni potencializam os modos de ser e estar das professoras, entre as tentativas de regulação e padronização dos movimentos inventivos; Esteban articula-se em problematizar os métodos estandardizados avaliativos e das políticas educacionais como dispositivos de controle, ao mesmo tempo que deseja rupturas e reinvenções nos cotidianos escolares. O estudo apresenta a partir de Rolnik uma cartografia dos agenciamentos feitos com os corpos, em seus movimentos contínuos de criação coletiva, de embate entre as forças que permeiam a produção da realidade, nos cotidianos que nos afetam e de que fazemos parte. Nossa aposta se dá nos cotidianos escolares como espaço de criação, na força do coletivo que atravessa as forças dominantes e, com os movimentos inventivos docentes e curriculares, deformam as tentativas de padronização para criar modos de existência.