PRODUÇÕES IDENTITÁRIAS DA JUVENTUDE CAMPONESA NAS EXPERIÊNCIAS DAS ESCOLAS FAMÍLIAS AGRÍCOLAS: TRAÇANDO SABERES E POÉTICAS PELO SUL E PELO NORTE DO ESPÍRITO SANTO
Nome: RAIZA DA SILVA BIANCHI
Data de publicação: 12/09/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| CHARLES MORETO | Examinador Externo |
| DEBORA MONTEIRO DO AMARAL | Examinador Interno |
| JANINHA GERKE | Presidente |
| PAOLO NOSELLA | Examinador Externo |
| REGINA CELI FRECHIANI BITTE | Examinador Interno |
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo, a partia da experiência e trajetória de jovens do campo, conhecer e/ou reconhecer a produção identitária desses educandos e educandas, construída por meio da formação realizada nas Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) de Jaguaré e de Belo Monte, em Mimoso do Sul, ambas no estado do Espírito Santo. Considerando a organicidade que envolve as temporalidades e espacialidades da escola, comunidade/trabalho e território — e atravessando a historicidade da Educação Popular (Brandão, 1981, 2017; Freire, 1967, 1996, 2005), Educação do Campo (Molina, 2012; Caldart, 2012; Arroyo, 1999, 2007, 2012) e
Pedagogia da Alternância (Nosella, 1988, 2013, 2017; Gerke, 2011, 2019, 2022; Granereau, 2020), — o trabalho buscou, nas narrativas advindas das experiências formativas, de vida e de trabalho, os saberes e as poéticas identitárias. Como metodologia, utilizamos as narrativas de vida em situação e história de vida, convidando os educandos e educandas a mergulharem no diálogo por meio da elaboração de cartas pedagógicas freirianas, versando sobre a identidade e/ou identidades camponesas dos jovens que se formam na relação entre escola, comunidade-trabalho, território e afetos. A pesquisa constata que a Educação do/no Campo tem se tornado um campo fértil para as pedagogias contra-hegemônicas. Como resultados, destaca o reconhecimento e a valorização das práticas educativas e seu diferencial pedagógico da PA presente no cotidiano e conhecimentos dos educandos e educandas, revela alinhamento efetivo de pertencimento e participação ativa no contexto escolar, porém algumas lacunas emergem na pesquisa, como a fragilidade na categoria de trabalho e no conhecimento e historicidade que precede o conhecimento da EFA.
