UMA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNICÍPIO DE MARILÂNDIA-ES: MEMÓRIAS E NARRATIVAS (1980-1999)
Nome: EMILIO GABRIEL
Data de publicação: 09/02/2022
Banca:
Nome | Papel |
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FERNANDA ZANETTI BECALLI | Examinador Externo |
ISRAEL ROCHA DIAS | Examinador Externo |
CLEONARA MARIA SCHWARTZ | Examinador Interno |
ALEXANDRO BRAGA VIEIRA | Examinador Interno |
ROGERIO DRAGO | Presidente |
Resumo: Este estudo tem como objetivo compreender parte da história da educação
especial no município de Marilândia-ES entre os anos de 1980 e 1999, a partir
das narrativas e memórias dos(as) profissionais da educação locais que
vivenciaram o processo. Este assunto assume relevância por estudar a realidade
de um município do interior, longe dos grandes centros de debate, e por não
haver muitas pesquisas sobre a implantação desta modalidade em tais
localidades. Utilizamos como base teórica para reflexão e intepretação dos
dados produzidos, autores que dialogam com a matriz histórico-cultural do
desenvolvimento da sociedade, Bakhtin e Vigotski. Objetivamos, assim,
entender como se deu o processo de construção da educação especial, das
políticas e da formação de professores; compreender, pelas falas dos(as)
profissionais, indícios das dificuldades enfrentadas e das potencialidades de sua
atuação com alunos vinculados à educação especial; e analisar os impactos das
ações oficiais na prática educativa especial nas escolas municipais de
Marilândia-ES, entre 1980 e 1999. Para melhor atingir estes objetivos, tomamos
por base a análise qualitativa de natureza histórico-cultural. Como estratégia
metodológica, trabalhamos com a entrevista narrativa semiestruturada, colhendo
relatos de 9 profissionais, individualmente. Os relatos foram gravados por meio
de aplicativo de celular e transcritos posteriormente, sendo divididos e
analisados por categorias, à luz de nossos teóricos de base, bem como outros
autores que abordaram a temática da educação especial na perspectiva da
educação inclusiva. Pudemos concluir que, no período em tela, repetiu-se a
tendência histórica de caminho da segregação para a integração do aluno com
deficiência na escola comum e que, de forma embrionária, o município já se
preparava para a transição à educação inclusiva.