VIRTUAL EXCHANGE AS A THIRD SPACE TO DECOLONISE ENGLISH LANGUAGE TEACHING

Nome: CARLOS ALBERTO HILDEBLANDO JUNIOR

Data de publicação: 06/12/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FRANCESCA HELM Examinador Externo
KATHERINE WIMPENNY Presidente
KYRIA REBECA NEIVA DE LIMA FINARDI Presidente
LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO Examinador Interno
MARINA ORSINI-JONES Coorientador

Páginas

Resumo: O objetivo desta tese de doutorado é investigar o potencial do Intercâmbio Virtual como um Terceiro Espaço para decolonizar o Ensino da Língua Inglesa, particularmente na identificação, interrogação e interrupção de crenças associadas com o mito do ‘falante nativo’. A expansão do inglês está ligada a discursos coloniais que constituem relações de poder, discriminação e ideologias. Apesar dos esforços para decolonizar a formação de professores de inglês, o mito do falante ‘nativo’ ainda prevalece nos programas de formação de professores e contextos de ensino da língua inglesa. Esta tese parte do pressuposto de que
o Intercâmbio Virtual fornece/cria Terceiros Espaços (entrelugares) onde os (futuros) professores de inglês podem se engajar criticamente, interrogar e examinar suas crenças por meio de perspectivas globais. O estudo utiliza uma abordagem mista (Dörnyei, 2007), predominantemente qualitativa, com uma perspectiva interpretativa para observar e documentar os significados atribuídos às experiências no Terceiro Espaço. Mais especificamente, o estudo emprega uma combinação de três métodos de pesquisa qualitativa (autoetnografia, netnografia e pesquisa-ação) para responder a quatro perguntas de pesquisa, a saber: (1) como o Intercâmbio Virtual pode auxiliar na identificação da ideologia do falante nativo dentro do ensino e aprendizagem de inglês, (2) de que forma as crenças sobre o inglês entre (futuro) professores refletem colonialidade, (3) qual o papel do
Intercâmbio Virtual na interrogação e reformulação dessas crenças, e (4) como o lócus de enunciação influencia a emoção (especificamente, a ansiedade) e afeta a participação no Intercâmbio Virtual. Questionários pré e pós-intervenção, murais virtuais, grupos focais com entrevistas semiestruturadas e formulários Microsoft foram usados para coletar dados. Os dados foram analisados por meio do software SPSS e da Análise Temática e interpretados sob a ótica decolonial. Os resultados deste estudo mostram que o Intercâmbio Virtual pode ser um Terceiro Espaço transformacional para a formação de professores de inglês e tem o potencial de decolonizar narrativas e ideologias dominantes no ensino do idioma, mesmo que não interrompa completamente as crenças/colonialidade profundamente arraigadas. Em outras palavras, o Intercâmbio Virtual cria Terceiro(s) Espaço(s) com o propósito de assumir uma posição decolonial na implementação curricular e, como sugerido por Souza e Duboc (2021), Identificar-Interrogar-Interromper a colonialidade. No entanto, o reconhecimento do lócus de enunciação e dos legados coloniais são fundamentais para que o Intercâmbio Virtual se torne um Terceiro Espaço.

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