IN/CAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO NÍVEL PRIMÁRIO EM FACE À CRISE CLIMÁTICA EM MOÇAMBIQUE: ESTUDO DE CASO-PROVÍNCIA DE SOFALA, CIDADE DA BEIRA
Nome: DILSON ARLINDO MUTOTE
Data de publicação: 21/10/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ELIZA BARTOLOZZI FERREIRA | Examinador Interno |
| JULIÁN MORA ALISEDA | Examinador Externo |
| SERGIO PEREIRA DOS SANTOS | Examinador Interno |
| WAGNER DOS SANTOS | Presidente |
| WAGNER RODRIGUES ZEFERINO | Examinador Externo |
Resumo: Nas últimas três décadas, Moçambique tem sido assolado pelos impactos das mudanças
climáticas, que afetam especialmente setores sociais como a educação. Esta Tese analisa
criticamente as políticas educacionais de Moçambique diante da crise climática, considerando
os desafios geográficos do país, o papel dos organismos internacionais, a evolução histórica
das políticas públicas e as práticas pedagógicas adotadas por gestores e professores do ensino
primário na cidade da Beira. A Tese está estruturada em oito capítulos, cada um com
características de artigo científico. A seleção de Moçambique, da cidade da Beira e do setor
da educação seguiu os seguintes critérios: a) ser um país cuja localização geográfica é
suscetível às mudanças climáticas; b) ser maiores organismos internacionais que financiam os
setores da educação e meio ambiente em Moçambique (Banco Mundial e Unesco); c) ser um
dos principais setores afetados pelas mudanças climáticas; e d) ser gestor e/ou professor de
unidade escolar do ensino primário (homens e mulheres que lecionam da 1a à 6a classes), com
formação em nível médio ou superior, que vivenciam dia-a-dia, nas escolas e em suas
comunidades, os efeitos nefastos das mudanças climáticas. A Tese adotou uma abordagem
qualitativa e exploratória, baseada em análise crítico- documental e estudo de caso, à luz das
teorias freiriana e arendtiana e do conceito de resiliência. De modo geral, a presente Tese
confirma a inexistência de temáticas sobre mudanças climáticas e desastres naturais na
política, no currículo, nas disciplinas e nos planos e programas de formação de professores do
ensino primário. Os resultados evidenciaram que, entre 1983 e meados de 2025, Moçambique
foi atingido por pelo menos 34 ciclones tropicais de grande magnitude. Para além da
interferência política do Banco Mundial e da Unesco. Destacam-se também fatores como a
eliminação da vegetação; o abate do mangal; a destruição das dunas; o desmatamento; a
poluição ambiental; a fraca proteção costeira e o aquecimento global. Conclui-se pela
necessidade de introduzir reformas na política educacional.
