Os Primeiros Processos Censitários Brasileiros e o desenvolvimento da Matemática-Estatística no Brasil de 1872 a 1938.

Nome: MARTHA WERNECK POUBEL
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/09/2013

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
REGINA HELENA SILVA SIMÕES Examinador Interno
TÉRCIO GIRELLI KILL Examinador Externo

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Resumo: O objetivo central é elaborar uma trajetória histórica dos primeiros censos demográficos brasileiros, com questionamentos relacionados à elaboração e à realização desses processos censitários. Uma das delimitações foi o recorte temporal, estabelecido entre o primeiro censo brasileiro e a criação do IBGE. Avaliamos como, quando e quais conhecimentos de matemática e estatística foram destaques na realização dos primeiros censos. Assim, procedemos a uma reflexão histórica relacionada à constituição do campo de conhecimento da Estatística no Brasil, em busca de vestígios de sua inserção e de seu estado de desenvolvimento no ensino superior, como um meio de conhecer as bases estatísticas que estavam sendo introduzidas na educação brasileira oitocentista. Entre os referenciais teóricos utilizados, destacam-se Marc Bloch e Nelson Senra, adicionados por contribuições importantes referenciadas por outros autores. A metodologia é a de uma pesquisa histórica e documental. Entre as conclusões, observamos que, nos três primeiros censos, foram utilizados conhecimentos de Estatística Descritiva (conhecimentos matemático-estatísticos básicos), como contagens, proporções e tabulações; no quarto censo, a inovação foi por conta do uso da contagem com auxílio de máquinas calculadoras e de algumas representações gráficas da Estatística Descritiva. Nesses primeiros censos, as ferramentas foram, principalmente, observações de párocos, de agentes censitários, listas de família e formulários. As pessoas envolvidas mais diretamente na elaboração dos censos tinham formação variada (eram políticos, advogados, engenheiros, médicos), mas não se utilizaram de conhecimentos matemático-estatísticos e métodos que já tinham sido desenvolvidos e disponibilizados pela comunidade científica internacional dessa área. Notamos a importância de aprofundar conhecimentos da história da Estatística e os reflexos culturais dessa história para o desenvolvimento estatístico no Brasil.

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