Crianças Que Não Aprendem na Escola: Problematizando Processos de Medicalização e Patologização das Infâncias

Nome: BEATRIZ POMBO SPINASSÉ DUARTE
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 05/10/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JAIR RONCHI FILHO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZABETE BASSANI Examinador Externo
JAIR RONCHI FILHO Orientador
SILVIA MOREIRA TRUGILHO Examinador Externo
VITOR GOMES Examinador Interno

Resumo: A presente pesquisa problematiza como os processos de medicalização da educação diante da patologização da infância e da diferença são vivenciados no cotidiano pesquisado. Entendemos por medicalização a transformação artificial de questões de diferentes âmbitos – social, histórico e político – em questões de ordem médica. Numa abordagem qualitativa, transitando entre as perspectivas crítica e pós-critica, a pesquisa trata de conceitos de Michel Foucault como norma, disciplina, biopoder, exame, dispositivos, dialogando com autores que discutem sobre a medicalização, como Collares e Moysés, Viégas, Angelucci, Caliman, Caponi, Souza, entre outros, e o fracasso escolar, como Patto. Como método de pesquisa-intervenção, recorre à Cartografia, de Deleuze e Guattari, ao passo que, ao habitar um plano de forças, seguimos pistas à medida que acompanhamos os movimentos do território e os processos de produção de subjetividades. O plano de pesquisa foi uma Escola Municipal de Ensino Fundamental no município de Serra – ES, e o foco se deu no acompanhar do planejamento e implementação de um Projeto de Intervenção Pedagógica, que surgiu como forma de lidar com o fracasso escolar de alunos em uma turma de terceiro ano do ensino fundamental. Espera-se que a discussão aqui proposta contribua para um pensamento que não tome o (suposto) adoecimento da infância como um fenômeno exclusivamente médico, com causas individuais, mas que questionemos a quem serve esse adoecimento e o que se produz a partir dele. Ao final, a pesquisa apresenta o produto, como pré-requisito de conclusão de curso do mestrado profissional, que se constitui de um material audiovisual em forma de um curta-documentário, que poderá ser utilizado como disparador de discussões em momentos formativos, como uma prática desmedicalizante.

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