A Alfabetização Com Os Coletivos Socialmente Desiguais: Como Os Pobres Politizam o Ensino-aprendizagem da Leitura e da Escrita Quando Chegam à Escola?

Nome: MANOELITA RODRIGUES ALVES PEREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 24/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DULCINEA CAMPOS SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Examinador Externo
DULCINEA CAMPOS SILVA Orientador
MIGUEL GONZALEZ ARROYO Examinador Externo
RENATA DUARTE SIMOES Examinador Interno

Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo analisar o desenvolvimento de uma práxis discursiva de alfabetização com crianças que vivem em situação de pobreza e identificar como elas politizam o ensino-aprendizagem da leitura e da escrita. Parte-se do pressuposto que essas crianças, juntamente com as suas famílias, se organizam em torno de uma dinâmica social que possibilita a produção de suas existências e que cabe a escola compreendê-la para saber como e por onde caminhar na direção do processo educativo. A partir disso, indaga-se: como colocar em movimento dialógico/dialético os enunciados concretos das crianças que vivem em contextos empobrecidos e os conhecimentos da língua no processo de alfabetização? Orienta-se pela perspectiva teórica de linguagem de Mikhail Bakhtin e na perspectiva metodologia baseada nos pressupostos do Materialismo Histórico Dialético, nas formulações sobre a educação e pobreza de Miguel Arroyo (2007, 2014, 2016) e na concepção de alfabetização de Cláudia Maria Mendes Gontijo (2008, 2014), entre outros. Trata-se de uma pesquisa qualitativa participante, que buscou na pesquisa de realidade dos estudantes, os elementos discursivos que evidenciam os sentidos dos enunciados dos estudantes e de suas famílias. As crianças participantes do estudo são do 1º ano do Ensino Fundamental e residem em um bairro pobre, onde se encontra a escola em que estão matriculados. Os resultados evidenciam que as crianças pobres têm o potencial de politizar o currículo de alfabetização, com os seus enunciados produzidos a partir de suas necessidades sociais, econômicas, culturais, históricas. Esses conhecimentos possibilitaram o ponto de partida para um ensino da leitura e da escrita que articulasse a práxis das crianças com a práxis escolar.

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