Medicalização e Patologização Da/na Primeira Infância: Conversas Sobre
práticas Pedagógicas Não Medicalizantes

Nome: ADRIANA CRISTINA GOMES OLIVEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 25/08/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRESSA MAFEZONI CAETANO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRO BRAGA VIEIRA Examinador Interno
ANDRESSA MAFEZONI CAETANO Orientador
ELIZABETE BASSANI Examinador Externo
JAIR RONCHI FILHO Examinador Interno
ROSANA CARLA DO NASCIMENTO GIVIGI Examinador Externo

Resumo: Trata-se de uma pesquisa de mestrado, iniciada em meio à Pandemia da Covid-19, e, portanto, perpassada pelos desafios dos protocolos de biossegurança sanitários. Propõe-se a buscar perspectivas potentes de investigação e interlocução em uma instituição de Educação Infantil do Município de Vitória/ES acerca de como os processos de medicalização e patologização têm sido construídos no cotidiano escolar, objetivando compreender como os diagnósticos e laudos médicos são gerados nos contextos de um Centro Municipal de Educação Infantil e em que medida se entrelaçam às práticas pedagógicas. A pesquisa é de natureza qualitativa e desenvolvida por meio de estudo de caso em que se utiliza como instrumentos de produção de dados: rodas de conversas, entrevistas semiestruturadas e narrativas dos sujeitos e participantes. O referencial teórico é composto por Moysés e Collares (2013, 2015), IIlich (1975), Untoiglich (2014), Sarmento (2000, 2004, 2007), Meirieu (2002, 2005), Tardif (2002), dentre outros. Dentre as análises, inicialmente, destacamos o aligeiramento em transformar questões de origem histórico-social em meramente biológica e individual, desconsiderando os acontecimentos no entorno da criança e concentrando nela os “problemas” ditos de comportamento, bem como o discurso médico enraizado no campo educacional, quando há necessidade da busca pela medicina para explicar questões comportamentais da criança acompanhado de um “remédio” para acalmar; outra análise importante a ser considerada é o fato de o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM - 5) fortalecer em termos biológicos a patologização da vida e da infância ao trazer a ideia de precocidade na prevenção dos possíveis “transtornos”, tomando como referência os comportamentos da criança. Nesse contexto, ressaltamos o que tem sido apontado em nossa pesquisa a partir dos autores, os quais, temos dialogado, qual seja, o deslocamento, muitas vezes, de uma discussão político-pedagógica e social para a busca de soluções rápidas em tratamentos medicamentosos. O produto educacional materializa-se em um “Caderno Pedagógico” cuja finalidade é contribuir com a divulgação do conhecimento científico sobre a temática da medicalização da educação, bem como incentivar a discussão acerca dos entrelaçamentos das práticas pedagógicas neste processo, com o intuito de fomentar no âmbito educacional práticas não medicalizantes.

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