O USO DE ROTEIROS DE APRENDIZAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ESTUDANTES EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DA PREFEITURA DE VITÓRIA
Nome: GEORGIA PAPI DE ABREU
Data de publicação: 01/11/2023
Banca:
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Papel |
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| JUNIA FREGUGLIA MACHADO GARCIA | Orientador |
Resumo: Este estudo propôs analisar como o Roteiro de Aprendizagem (RA), ferramenta utilizada na Emef Edna de Mattos Siqueira Gáudio (Emef EMSG), localizada no município de Vitória/ES, contribui para a autonomia dos alunos. A escolha do locus de pesquisa foi motivada pelo fato dessa escola buscar uma proposta didático- pedagógica progressista, alicerçada em três conceitos básicos: Autonomia, Solidariedade e Cooperação e também porque é o local de trabalho da autora desta pesquisa. Nesse sentido, a pesquisa está fundamentada teoricamente em estudos sobre autonomia, sobretudo nos que dialogam com tais conceitos numa perspectiva crítica e reflexiva. Com o propósito de sistematizar a metodologia de ensino por meio de Roteiros de Aprendizagem desenvolvida na escola e partir dos estudos de Paulo Freire, identificamos a concepção de autonomia dos educadores da escola, bem como suas percepções relacionadas a esse conceito durante a aplicação dos Roteiros de Aprendizagem. Assim sendo, neste estudo, de natureza qualitativa, analisou-se o Projeto Político Pedagógico (PPP), o modelo de RA da escola e as respostas dos educadores a um questionário aplicado em um encontro de formação continuada, do qual 20 educadores participaram respondendo às questões por meio da ferramenta Google Forms. A maioria dos professores parece considerar os roteiros de aprendizagem como uma ferramenta valiosa para a organização e direcionamento do ensino, podendo desenvolver a autonomia dos estudantes, especialmente quanto à organização dos conteúdos; ao estímulo à pesquisa e à leitura; à iniciativa, ao engajamento e protagonismo dos estudantes, evidenciando aspectos relevantes para o aprendizado tanto dos alunos quanto dos próprios educadores, considerando-se a estreita relação entre docência e discência destacada por Paulo Freire. Nessa perspectiva, destaca-se a percepção dos professores sobre a necessidade de buscar planejamentos pedagógicos bem-estruturados, organização prévia, flexibilidade para ajustes e adaptações ao longo do processo educativo, o que caracteriza a reflexão crítica proposta por Freire. Fazer e pensar sobre o fazer contrapõem-se à prática mecânica ou espontânea a que alguns educadores se referiram. Os dados também evidenciam que o planejamento dos roteiros de aprendizagem pode ser complexo e requer atenção a diversos aspectos, incluindo tempo disponível, colaboração entre professores, adequação aos alunos e busca por inovação. Superar essas dificuldades exige esforço, dedicação e uma abordagem colaborativa, mas, para desenvolver a autonomia dos alunos, vale a pena o investimento de tempo e energia. Com os resultados encontrados, um Guia contendo uma proposta de mediação pedagógica para Roteiro de Aprendizagem foi produzido como produto instrucional, para que seja divulgado entre professores da rede municipal de Vitória.
