IDENTIDADES JUVENIS E POBREZA: O QUE OS JOVENS MATRICULADOS EM UMA ESCOLA SITUADA EM TERRITÓRIO PERIFÉRICO ELABORAM SOBRE SI?

Nome: DANTE LEONARDO MONTEIRO CARLOS

Data de publicação: 17/09/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRO BRAGA VIEIRA Examinador Interno
POLLYANA DOS SANTOS Examinador Externo
RENATA DUARTE SIMOES Presidente

Resumo: Esta pesquisa é desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e está vinculada à linha de pesquisa Docência e Gestão de Processos Educativos. Como objetivo principal, propõe compreender como os estudantes matriculados no 9º ano de uma escola católica e privada, sem fins lucrativos, da Região 5, território periférico e marginalizado, situado na grande Terra Vermelha/Vila Velha/ES, entendem a própria condição social, vivenciada em contextos empobrecidos, e de que forma produzem suas identidades A investigação envolve jovens entre 12 e 14 anos, matriculados nessa etapa da escolarização e marcados pela condição de pobreza, em sua maioria. A pesquisa se fundamenta em referenciais teóricos dos campos da juventude, pobreza e desigualdade social, que possibilitam problematizar criticamente a percepção dos jovens sobre a própria situação de vulnerabilidade e de pobreza. Os estudos de Arroyo (2014) argumentam que os alunos que vivem em contextos empobrecidos carregam consigo suas vivências e experiências marcadas pelas desigualdades, violações de direitos e pelas realidades vividas nos territórios periféricos. Todas essas marcas de desigualdade e privação de direitos influenciam na construção juvenil, distanciando os jovens de uma identidade social que possa representá-los como sujeitos de direitos. Yazbek (2017) pontua que o fenômeno da pobreza é uma expressão direta das relações vigentes em uma sociedade capitalista, extremamente desigual, em que convivem acumulação e miséria. Essas relações que reproduzem a desigualdade nos aspectos sociais, políticos, culturais e econômicos tendem a estabelecer o lugar definido para os pobres na sociedade e os culpabilizam pela própria condição social, fazendo parecer que a situação de pobreza não pode ser superada. A pesquisa, de natureza qualitativa, busca conhecer a maneira como os jovens se relacionam em seu mundo cotidiano (Bauer; Gaskell, 2008) e tem como metodologia a pesquisa-ação, entendendo que ela é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Assim, busca um diálogo com os participantes, intervindo na realidade e construindo saberes que possam ajudá-los no reconhecimento da própria identidade juvenil. Os encontros resultaram na produção de um livro digital, em que constam os registros dos momentos de diálogo e da interação com os sujeitos envolvidos nesse processo. Os dados são registrados por meio de questionários, vídeos, áudios e rodas de conversa. Espera-se, com a realização desta pesquisa, que os estudantes envolvidos ocupem a condição social de sujeitos de direitos, como possibilidade de reconhecimento da própria identidade e em busca da totalidade de ser humano.

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