REDES DIALÓGICAS COM EDUCANDOS DE UMA ESCOLA ESTADUAL DO ESPÍRITO SANTO SOBRE O NOVO ENSINO MÉDIO: O QUE DIZEM OS ESTUDANTES?
Nome: VITOR MARTINS GRACILIANO
Data de publicação: 05/09/2024
Banca:
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Papel |
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ALEXANDRO BRAGA VIEIRA | Coorientador |
BRUNO CARDOSO DE MENEZES BAHIA | Examinador Externo |
REGINA GODINHO DE ALCANTARA | Examinador Interno |
RENATA DUARTE SIMOES | Presidente |
Resumo: O estudo traz como tema central a composição de redes dialógicas com estudantes sobre o Novo Ensino Médio (NEM). Elege como objetivo geral constituir redes dialógicas com um grupo de educandos matriculados em uma escola da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo para analisar as enunciações acerca do NEM em seus processos formativos. Para tanto, sistematiza como objetivos específicos: a) compreender o processo de criação e implementação do Novo Ensino Médio e as principais diretrizes que orientam tal política na educação brasileira e na Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo, ou seja, história, fundamentos legais e orientações pedagógicas; b) problematizar a operacionalização do Novo Ensino Médio no cotidiano de uma unidade de ensino da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo e buscar entender, pela via de redes dialógicas constituídas com um grupo de estudantes, a compreensão que possuem sobre a política em tela; c) elaborar, como produto educacional, um caderno com a sistematização das rodas de conversas vividas com os educandos. Como referencial teórico, dialoga com Paulo Freire e autores que tratam do NEM. A metodologia se constitui por meio da pesquisa qualitativa e participante, realizada a partir da consulta documental, momentos de observação participante e rodas de conversa com educandos do 3º ano do Ensino Médio de uma Escola da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo. Como resultados, os estudantes indicaram que: a) o Novo Ensino Médio está longe de atender às necessidades/expectativas da classe trabalhadora; b) a supressão de disciplinas impactou de maneira incisiva e negativamente os processos de apropriação de conhecimentos; c) a falta de formação docente para o trabalho com a nova política favorece práticas de ensino descontextualizadas; d) há relações de poder no interior das escolas que despotencializam o diálogo entre educandos e educadores; e) a referida política foi pensada para sucatear o direito social à Educação para os estudantes provenientes da classe trabalhadora. Além disso, os jovens falam que querem continuar estudando, inclusive, com desejo de ingresso no Ensino Superior, além da necessidade de reavaliação da referida política, para que ela seja pensada sob múltiplos olhares e fortaleça o direito social à Educação, conforme prescrevem a Constituição Federal de 1988 e a Lei nº 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.