O QUE PODE UM CURRÍCULO CRIANCEIRO NO MUNICÍPIO DE RIO NOVO DO SUL/ES? CONVERSAS E EXPERIÊNCIAS NA FORMAÇÃO COM PROFESSORES DE BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS
Nome: ELAINE FERREIRA WETLER PEREIRA
Data de publicação: 12/11/2024
Banca:
Nome | Papel |
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CONCEIÇÃO GISLANE NÓBREGA LIMA DE SALLES | Examinador Externo |
KEZIA RODRIGUES NUNES | Examinador Interno |
LARISSA FERREIRA RODRIGUES GOMES | Presidente |
Resumo: A presente dissertação apresenta como temática o mapeamento das contribuições que a formação continuada com professores desempenha na composição de currículos mais crianceiros. Tem como macro intencionalidade: compreender como a formação continuada com professores pode potencializar currículos produzidos com bebês e crianças bem pequenas. Como referencial teórico nos inteiramos dos estudos Deleuze; Guattari (1995), Kastrup (2009), Passos (2009). Escóssia (2009) no tocante à pesquisa cartográfica, metodologia praticada na pesquisa-intervenção; para embasar as teorias dos currículos e formação docente, os estudos de em Silva (1999), Lopes (2011), Macedo (2011), Corazza (2019), Carvalho (2008;2009),
Ferraço (2008), Gomes (2011;2015), Alves (2002;2008), Nunes (2019) e Tebet (2011). Adotamos a abordagem da formação inventiva de Dias (2012). Concebemos a produção de um currículo crianceiro como linha de fuga as modelizações curriculares, enfatizando a multiplicidade das experiências infantis. O processo cartográfico foi concebido durante a formação continuada, estruturada como produto educacional nesta dissertação, que se configurou como um curso de extensão ofertado pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (PROEX/UFES), desenvolvido no município de Rio Novo do Sul - ES. Como efeitos produzidos nesta pesquisa-intervenção podemos indicar: ampliação do conceito de infância como vivências plurais e dinâmicas, rompendo com molduras que as aprisionam em estigmas e modelizações; defendemos a composição de um currículo crianceiro, que acolha as infâncias e as docências em suas enunciações produtoras de conhecimentos e significações, que assumem a rizomaticidade do educar, entre as multiplicidades de expressões linguísticas, cognitivas e afetivas em suas redes de saberes/fazeres/poderes; a composição de processos de formação continuada inventiva com professoras da Educação Infantil, ao valorizar as escutas dos cotidianos escolares e de seus sujeitos ao problematizar as cristalizações do “eu” docente e destacar a importância das formações com professoras na criação de currículos entrelaçados também às enunciações infantis. Como resultados finais a pesquisa destaca a importância da formação inventiva (Dias, 2012) na implementação de currículos tecidos no cotidiano com/das infâncias, valorizando suas vozes, interesses e necessidades.