DEMOCRACIA E A EDUCAÇÃO ESCOLAR: UMA ANÁLISE À LUZ DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA
Nome: JULIANA PEREIRA RAGETELES GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/08/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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ANA CAROLINA GALVÃO MARSÍGLIA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANA CAROLINA GALVÃO MARSÍGLIA | Orientador |
DEANE MONTEIRO VIEIRA COSTA | Examinador Externo |
LÍVIA DE CÁSSIA GODOI MORAES | Examinador Interno |
MARIA AMÉLIA DALVI SALGUEIRO | Examinador Interno |
Resumo: A presente pesquisa trata de um estudo de cunho teórico-conceitual que tem como objeto de análise o debate acerca das relações entre democracia e educação escolar. Pretendemos discutir o atual cenário político que se desenha neste país, especialmente após a reeleição de Dilma Rousseff, no ano de 2014, analisando e contextualizando as circunstâncias políticas que culminaram no impeachment da presidenta em 2016. Busca-se explicitar a quebra democrática que se caracterizou como um golpe parlamentar, jurídico e midiático em meio a um clima de explicitação do ódio e de extremo conservadorismo. A fim de compreender os motivos pelos quais se faz importante a luta pela preservação da democracia neste país, propõe-se resgatar a gênese e o desenvolvimento da democracia na história, apontando suas transformações ao longo do tempo, destacando o modelo antigo vivido pelos gregos, e o moderno, dentro de uma sociedade capitalista que pressupõe a exploração dos indivíduos. Destacamos nesta pesquisa que a plena realização de uma sociedade democrática não é compatível com os ideais capitalistas, portanto, a superação deste modelo se faz necessária e a educação pode contribuir para este ideal. Neste sentido, tomamos a pedagogia histórico-crítica como referencial teórico e metodológico a fim de apresentar a importância da educação escolar na formação de novos indivíduos para uma nova sociedade. Para isso, explicitamos as contribuições desta teoria pedagógica no que tange as concepções de homem, trabalho, trabalho educativo e educação escolar. No intuito de somar forças em busca de uma educação que objetive o máximo desenvolvimento dos indivíduos, especialmente daqueles advindos da classe que vive do trabalho, apresentamos uma análise crítica do Projeto Escola sem Partido, (PL 867/2015), expondo tal iniciativa como a máxima expressão antidemocrática que ameaça a educação escolar neste país. Por fim, destacamos movimentos de resistência que se organizam contra as investidas que visam ao empobrecimento e ao esvaziamento da educação pública, aquela que recebe, majoritariamente, os filhos da classe trabalhadora. Concluímos, então, afirmando a necessidade de lutarmos pela preservação da escola pública, laica, gratuita e de qualidade e pelo direito de acesso da classe trabalhadora ao conhecimento elaborado, evidenciando que o maior ato de resistência do professor é insistir em ensinar, buscando o máximo desenvolvimento de seus alunos.