NTERDEPENDÊNCIA e Colaboração em Contextos Escolares Inclusivos

Nome: MARIZA CARVALHO NASCIMENTO ZIVIANI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/06/2016
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
REGINALDO CÉLIO SOBRINHO Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
RELMA UREL CARBONE CARNEIRO Examinador Externo
DENISE MEYRELLES DE JESUS Examinador Interno
EDSON PANTALEÃO ALVES Examinador Interno
REGINALDO CÉLIO SOBRINHO Orientador

Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo principal analisar as inter-relações do professor de ensino comum e do professor especialista em Educação Especial em um contexto escolar de escolarização de estudantes em situação de deficiência intelectual, considerando a política educacional implementada no município de São Mateus/ESBRA. Sendo, nessas inter-relações, as interdependências e colaboração, foco de nossas análises. Tomamos como referência os pressupostos da Sociologia Figuracional, elaborada no conjunto das obras de Norbert Elias, considerando os conceitos e noções do processo civilizador, figurações e interdependências. No que se refere a políticas e práticas desenvolvidas na Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, buscamos conhecer as produções da legislação e dos serviços ofertados pelo município. O nosso caminho metodológico perpassou pela pesquisa de natureza qualitativa, e nos baseamos na pesquisa-ação colaborativocrítico. Como instrumento de coleta de dados, utilizamos a observação, questionários semiestruturados e a construção de práticas colaborativas no contexto
de uma escola que conta com a matrícula e presença de estudantes em situação de deficiência intelectual. Os principais apontamentos nos permitem reiterar que a implementação de práticas de colaboração entre os professores de ensino comum e o professor especialista, tendem repercutir positivamente na consecução de práticas pedagógicas e contribuir no processo de constituição de saberes docentes mais qualificados às demandas da escolarização de estudantes com deficiência intelectual. No estudo realizado, contudo, tanto a professora do ensino comum, quanto à professora especialista encontram-se numa dinâmica em que as ações ocorrem muito mais no âmbito individual, marcado por restritas iniciativas de constituir um movimento de (re) criação de oportunidades para construção de elos e práticas em benefício da escola como inclusiva. Constatamos que, salta aos olhos, a ausência de uma organização escolar que permita aos profissionais acima citados, e
demais profissionais da escola, momentos que possam discutir para que
possivelmente seja construído um espaço que conjugue a coletividade. Sendo o
fator “tempo” justificado para tais ausências como um condicionante para a
desqualificação da educação escolar. Reconhecemos ser esse um processo lento e complexo, tanto na figuração da escola, quanto no âmbito municipal, pois exigirá um movimento de “permissão”, em que cada indivíduo entre no jogo, permitindo assim mudar de posição, refazer caminhos, ora recuar, ora avançar, mas envolver-se com o jogo.

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