História do ensino da leitura no Espírito Santo (1946-1960).
Nome: ELIS BEATRIZ DE LIMA FALCÃO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/09/2010
Orientador:
Nome | Papel |
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CLEONARA MARIA SCHWARTZ | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO | Examinador Interno |
CLEONARA MARIA SCHWARTZ | Orientador |
DIANA GONÇALVES VIDAL | Examinador Externo |
GILDA CARDOSO DE ARAÚJO | Examinador Interno |
SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO | Examinador Externo |
Resumo: O trabalho investiga o ensino da leitura na escola primária capixaba no contexto da primeira reforma do ensino primário de iniciativa do Governo Federal, implementada pela Lei Orgânica do Ensino Primário de 1946 (Decreto-
Lei n.º 8.529, de 2 janeiro de 1946). O objetivo é compreendermos usos e apropriações das orientações para o ensino da leitura a partir dessa reforma, pela escola primária capixaba, no período de 1946 a 1960. Elegemos estudar o ensino da leitura no Espírito Santo tomando como marco temporal esse período, por ser o momento histórico compreendido entre as duas reformas do ensino primário: a Lei Orgânica do Ensino Primário (Decreto-Lei n.º 8.529/1946) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de1961). Fazendo uso de fontes como atas de reuniões pedagógicas, bilhete, boletins, cartilhas, documentos internos de escolas, legislação, mensagens de governo, mídia impressa, programas de ensino, utilizamos a abordagem da História Cultural, por meio do diálogo com as reflexões de autores como Chartier (1985) e Certeau (1994), principalmente com os conceitos de estratégia, tática, uso, apropriação e representação. Nesse sentido, as fontes são concebidas como discursos que expressam representações acerca dos usos e apropriações de orientações para o ensino da leitura que, por táticas ou estratégias, foram colocadas em prática na escola primária em determinado contexto histórico. Consideramos que apropriações e usos diversificados colocados em prática pelos sujeitos das escolas primárias contribuem para deixar explícito que as políticas públicas assumem diferentes
nuances dentro das escolas, seja por resistência ao novo, seja pela negociação com práticas já sedimentadas.